APSTE com nova ação de protesto
16-06-2021
No seguimento da obrigatoriedade de testagem em determinados eventos, e do atraso nas conclusões relativas aos eventos-piloto, a Associação Portuguesa de Serviços Técnicos para Eventos (APSTE) anuncia que irá realizar uma nova manifestação no próximo dia 30 de junho, em Lisboa.
“Depois de todos na cultura e eventos, empresas e trabalhadores, terem tido um verdadeiro annus horribilis em 2020, tínhamos a leve esperança, e sobretudo a extrema necessidade, que 2021 trouxesse bons ventos e mais trabalho. No entanto, as nossas autoridades continuam a tomar medidas inexplicáveis quase como se não entendessem a emergência pela qual estamos a passar”, diz Pedro Magalhães, Presidente da APSTE.
“Como é possível determinar-se a obrigatoriedade de testes à Covid-19 para os diferentes tipos de eventos sem assumir as despesas inerentes?”, pergunta o responsável. “A ideia é que sejam os organizadores a assumir este custo? Depois de mais de um ano sem trabalhar? Ou é imputar os mesmos aos consumidores? Criando ainda mais obstáculos para que voltem a participar em eventos? Entendemos que se tenha precauções, mas é muito irresponsável lançar-se uma bomba destas sem medir ou até assumir as consequências”.
Em relação à falta de conclusões sobre os eventos-piloto, Pedro Magalhães lembra que “os eventos-piloto são uma iniciativa das associações, empresas e trabalhadores dos setores da cultura e eventos, quando devia ter sido do Governo, e surge exatamente com o objetivo de salvar o verão para todos os que vivem destas indústrias. Às autoridades nacionais apenas cabia a responsabilidade de rastrear e, consequentemente, dar um parecer sobre a viabilidade dos mesmos”. E lamenta que “a menos de uma semana de se iniciar o Verão, temos conhecimento que o processo de tratamento dos dados está atrasado e nem sequer se conhece uma data para a apresentação destas conclusões. O que podemos dizer em relação a isto? Repito: ou não entendem o drama que estamos a viver ou a incompetência é muita e têm de se apurar responsabilidades”.
A associação volta às ruas, com o objetivo de fazer uma manifestação “original”, sem comprometer a saúde pública.