Eventos desportivos: Na linha de partida e prontos para arrancar

28-04-2021

Sessão paralela 1: “O futuro dos eventos desportivos”.

Participantes: Moderador ‑ Paulo Costa (GlobalSport); Rui Pinho (Associação de Trail Running Portugal – ATRP); e João Cabreira (Cabreira Solutions).

Os eventos desportivos estão preparados para regressar e querem continuar a cumprir um papel de dinamização do turismo e da economia. Mas sempre com o foco na saúde e segurança.

Tem sido um ano com adiamentos, falsas partidas e muitas paragens, mas os organizadores de eventos desportivos estão na linha de partida e prontos para arrancar.

João Cabreira resumiu o espírito dos participantes nesta conversa quando reconhece as dificuldades vividas desde março de 2020, mas optou por falar no futuro e no que está a ser feito para que as provas desportivas voltem.

“Estamos preparados, de mangas arregaçadas”, dizem, e este parece ser o mote do setor. Provas com menos participantes, partidas espaçadas, criação de bolhas e realização de testes são, para estes organizadores, procedimentos de um “novo normal” que estão preparados para implementar. Às regras da DGS acrescentam ainda mais, procurando minimizar os contágios e reconquistar a confiança de parceiros e participantes.

Paulo Costa reforçou a ideia de que a segurança está sempre em primeiro lugar: “Quando falamos em retoma dos eventos, e apesar desta paixão, estamos alinhados em que a nossa principal missão é salvar vidas e não forçar nada.”

“O risco acontece nas coisas desorganizadas. Quem faz este tipo de eventos não quer correr o risco de ter contágio ou risco de contágio”, garantiu João Cabreira.

Rui Pinho acrescentou ainda outro ponto importante: “Organizamos eventos para o público em geral e não apenas para os competidores; o que proporcionamos são encontros sociais que, além de dinamizarem o território, potenciam a partilha e a sociabilização.”

E há ainda a questão da promoção do chamado turismo ativo e do seu impacto na economia de locais ‑ muitas vezes no interior ‑ que costumam estar fora dos circuitos turísticos tradicionais, mas que possuem um potencial único. “Tirando os eventos desportivos, raramente encontramos alavancas que levem gente àqueles pontos do país”, lembrou Paulo Costa.

“Se fizermos um evento bem feito, o sinal que damos é que não só que o evento está bem preparado, mas que aquela região está pronta para voltar a receber visitantes”, sublinhou Rui Pinho.

Com centenas de provas e centenas de milhares de participantes, os eventos desportivos animam a economia local. Hotéis, restaurantes e equipamentos culturais, áreas bastante afetadas pela pandemia, terão, com o regresso destas provas, um novo fôlego.

Este trabalho de equipa, como acontece em qualquer desporto, traz sempre bons resultados. Seja em termos económicos, ou na promoção da saúde.