Pedro Machado: eventos ajudam a marca Portugal a “ganhar notoriedade”

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Pedro Machado, secretário de Estado do Turismo, considera que os eventos ajudam a marca Portugal a “ganhar notoriedade”.

Presente no Congresso da APECATE – Associação Portuguesa de Empresas de Congressos, Animação Turística e Eventos, que se realizou em Angra do Heroísmo, a 3 e 4 de abril, Pedro Machado referiu, em declarações à Event Point, que os eventos e todos os segmentos que atuam em torno da APECATE “são, de facto, um parceiro extraordinário” não só para a captação de fluxos turísticos, como “para podermos ter, desde logo, uma experiência mais duradoura”.

“Os eventos são cada vez mais, e hoje Portugal tem essa experiência, eventos de mobilização de grandes fluxos humanos. Nós temos hoje eventos acima dos 50 mil, 100 mil, mais do que 100 mil pessoas que vêm a Portugal, que escolhem Portugal para poderem participar em festivais de música, em desporto automóvel – no MotoGP que vamos ter em 2025, que se estima que venham mais de 80 mil pessoas… São, no fundo, também esses eventos que nos ajudam a captar e a ganhar notoriedade da marca Portugal”, afirmou o secretário de Estado do Turismo.

E para que isso aconteça, existem “alguns instrumentos”. Contudo, e como o país vai a votos no próximo mês de maio, algumas das medidas estratégicas vão ficar em stand-by. “Nós estávamos a desenvolver uma estratégia, estávamos a desenvolver um caminho”, com instrumentos que ficam num intervalo, como, por exemplo, a revisão da Lei 33/2013, que rege as Entidades Regionais de Turismo.

“Mas eu acredito que o trabalho que vínhamos a desenvolver e, sobretudo, o sucesso que o setor alcançou nos fazem vislumbrar, e essa tem sido talvez a marca do turismo em Portugal, uma consistência e uma estabilidade, independentemente dos ciclos governativos. Tem tido uma consistência e uma estabilidade que nos apraz registar e que é responsável pelo sucesso que temos hoje”, sublinha.

Para Pedro Machado, o turismo em Portugal “está bem e recomenda-se”. O secretário de Estado do Turismo recordou que “2024 foi, de facto, um ano extraordinário: passámos os 31 milhões de hóspedes, 80 milhões de dormidas, mais de 27 mil milhões de receitas”.

“Em 2025, tudo aponta – os indicadores que temos hoje disponíveis – para um crescimento entre 8% a 10%, o que significa que está a crescer. E o turismo de negócios, o turismo desportivo, o ecoturismo, o enoturismo, são variáveis que nós estamos, neste momento, a estruturar para diversificar aquilo que é a capacidade que Portugal tem de alargar o seu perímetro a novos mercados emissores. Temos hoje mais americanos, mais canadianos, mais mexicanos, temos mais polacos, através do turismo religioso... Portanto, a diversificação do produto é também uma estratégia que nós consideramos vencedora para podermos alcançar mais sucesso”, defende.

 

*A jornalista viajou a convite da APECATE