Jorge Vinha da Silva: “Somos hoje um capítulo mais participativo e mais forte”

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Jorge Vinha da Silva pode ser o próximo presidente do Capítulo Ibérico da ICCA, que se reúne com o Capítulo do Mediterrâneo em Évora, de 19 a 21 de abril.

Jorge Vinha da Silva lidera uma das listas candidatas à direção do Capítulo Ibérico da ICCA, cujo caminho foi até agora liderado por Christoph Tessmar. Um trajeto a que o CEO da Altice Arena dá nota positiva. “Penso que é um balanço extremamente positivo e em que eu tive a honra de acompanhar o Christoph como vice-presidente do capítulo”, começa por dizer.

Jorge Vinha da Silva refere que Christoph Tessmar é “uma pessoa ultra reconhecida na indústria do turismo e dos eventos” e que “identificou sempre como pontos prioritários da sua liderança o reforço da organização e da estrutura do capítulo para o futuro, o seu crescimento a nível ibérico e o acompanhamento permanente dos nossos membros, desenvolvendo ações que permitissem que os membros reconhecessem o valor acrescentado de fazer parte da nossa organização”.

“A direção do capítulo passou, como todos, pelo momento complicado da pandemia e penso que o melhor balanço que se pode fazer é que somos hoje um capítulo mais participativo e mais forte e com uma intervenção e colaboração permanente com o head quarters da ICCA, de forma a contribuir para o desenvolvimento da nossa comunidade”, acrescenta.

Agora, para se conhecer o novo rumo, é necessário esperar pelas eleições, que se realizam no encontro anual, a ter lugar em Évora. Para já, Jorge Vinha da Silva encabeça uma lista que, explica, “poderá garantir a continuidade do trabalho iniciado em 2018 e responder aos desafios futuros com a integração de novos elementos que, na sua globalidade, penso que representam de forma capaz o Capítulo Ibérico da ICCA”.

Perante a possibilidade de se tornar no próximo presidente do capítulo, e se tal se vier a concretizar, Jorge Vinha da Silva mostra-se entusiasmado. “Sou um apaixonado pelo movimento associativo e acredito que essa é a melhor via para contruirmos uma indústria de eventos mais forte e, neste caso, nos dois países, Portugal e Espanha, que representamos.”

O programa da candidatura liderada pelo profissional português é baseado em quatro pilares: knowledge exchange, education & training; membership; communication; e business development. “Acreditamos que, centrados nestes princípios, os nossos projetos e ações vão corresponder às expectativas dos nossos membros”, frisa. Do programa também consta a prossecução dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas. Estas metas “são transversais a estes quatro pilares e estão no nosso ADN, pelo que estarão sempre presentes na construção da indústria dos eventos do futuro”.

“Vivemos tempos de transformação”

Jorge Vinha da Silva tem “excelentes expectativas” para o próximo congresso do Capítulo Ibérico da ICCA, que regista uma elevada adesão. “Penso que conseguimos uma agenda com excelentes oradores e poderemos discutir temas relevantes para os nossos membros, como o futuro dos eventos, legacy (de que é um bom exemplo a masterclass que realizaremos na Universidade de Évora), sustentabilidade desenvolvimento pessoal e profissional e, acima de tudo, ter uma oportunidade para partilhar experiências e idealizar novos projetos”, adianta.

Pela primeira vez, o congresso do Capítulo Ibérico da ICCA realiza-se em conjunto com um outro capítulo, no caso, o Capítulo do Mediterrâneo. A iniciativa surgiu antes do último Congresso da ICCA, que decorreu em Cracóvia e foi delineada e finalizada nesse congresso na Polónia.

“Não é a primeira vez que temos iniciativas com outros capítulos. Recordo-me de uma iniciativa no Congresso da ICCA em Houston, em 2019, com o Capítulo Latino-americano, no âmbito de uma atividade de team building, a CAT night. O motivo é exatamente a prossecução do ADN da ICCA, ou seja, a colaboração entre todos os stakeholders e o privilegiar de relações e contactos na nossa indústria. Vamos assim conseguir alargar o âmbito de participação no evento e proporcionar aos membros dos dois capítulos oportunidades de contacto com outros colegas da indústria dos eventos”, esclarece.

A colaboração e a partilha entre os capítulos da ICCA é importante, até porque “vivemos tempos de transformação”, que apresentam alguns desafios ao setor. “A transformação digital continua, estamos a entrar na era da inteligência artificial e o desenvolvimento sustentável, para que o nosso planeta consiga ter uma existência mais equilibrada, é uma realidade. Como tal, como qualquer setor da nossa vida, teremos que integrar todos estes desafios na nossa indústria e construí-los progressivamente”, sublinha, rematando: “Não consigo identificar uma melhor forma de atingir esse propósito do que através de uma associação global que integra todos os stakeholders do turismo, em sentido lato, e da indústria dos eventos de negócios.”

“O Alentejo é um destino fantástico”

O congresso do Capítulo Ibérico da ICCA vai realizar-se, pela primeira vez, no interior de Portugal. De acordo com Jorge Vinha da Silva, esta é uma ideia trabalhada em conjunto com o Turismo de Portugal e do Alentejo, ou seja, “descentralizar e mostrar a muitos parceiros internacionais que temos muitas opções no nosso país para a realização de eventos e congressos que nos permitem criar ofertas diferenciadas”.

“Esse é também um dos objetivos do evento e que, neste caso, penso que será plenamente atingido. Valoriza o destino Portugal. O Alentejo é um destino fantástico e, para além da base das reuniões funcionar em Évora, no Convento do Espinheiro, teremos também atividades de trabalho e lazer em Monsaraz e Estremoz”, avançou.

Do destino, Jorge Vinha da Silva destaca “a existência de um conjunto de infraestruturas que permite aliar a parte profissional de realização de um evento, neste caso, de pequena ou média dimensão, com características ímpares em termos de património natural ou edificado e que nos permitem apresentar uma experiência completa”.

Também realça como mais-valias “a qualidade do alojamento, da gastronomia, o facto de ser uma das grandes regiões de produção de vinho do país e a possibilidade de realizar um conjunto de atividades lúdicas e de turismo de natureza de elevado interesse ajudam ainda mais a enriquecer a experiência”, conclui.