Família ibérica da ICCA e a “experiência maravilhosa” de Gijón

Reportagem

04-05-2022

# tags: Eventos , Turismo de Negócios , Capítulo Ibérico da ICCA

Christoph Tessmar, presidente do Capítulo Ibérico da ICCA, descreve assim os três dias de reunião anual, em Gijón: foi uma “experiência maravilhosa”.

Mais uma vez, seguindo um modelo que tem mostrado resultados interessantes, o Capítulo Ibérico da ICCA voltou-se para dentro, em Gijón, e foi buscar ideias, conhecimento, experiência aos seus próprios membros. Exemplo disso foi a partilha de três casos, muito diferentes:

A criação da DNA – Destination Network Alliance, uma plataforma que permite gerir o alojamento em múltiplos hotéis, para eventos de larga escala, cuja gestão se pode tornar uma verdadeira dor de cabeça, ao mesmo tempo que oferece as competências de especialistas locais, que conhecem muito bem cada uma das cidades anfitriãs desses grandes eventos;

O Algarve Tech Hub, e de como é possível criar uma rede a partir da academia e do universo das start ups, para construir em primeira instância uma comunidade forte, e a partir daí alavancar o Algarve enquanto destino preferencial para eventos nesta área das tecnologias;

E, finalmente, um projeto ligado à sustentabilidade, promovido pelo Madrid Convention Bureau, que fornece a quem comprove que tem um evento na cidade uma ferramenta online, para avaliar a pegada de carbono originada pelo seu evento, mas, mais importante, que fornece pistas sobre como compensar esse impacto localmente. Está por exemplo disponível uma lista de parceiros, ONGs e outro tipo de associações, e mais interessante ainda, mediante o perfil de cada evento são apresentadas sugestões sobre o que é possível fazer para tornar cada ação mais sustentável, e já de acordo com esse perfil.

Numa outra sessão, os membros do Capítulo presentes, cerca de 50, distribuíram-se por seis mesas de trabalho, e a cada grupo foi entregue um tema para reflexão. A saber:

1. O que é uma Smart Destination e qual o seu impacto na Meetings Industry;

2. Um código ético para esta indústria. Até onde estamos dispostos a ir? Os nossos membros concordam em não aceitar… ?
3. Como inovar nas propostas que apresentamos? Como fazer a diferença?

4. Dicas para realizar eventos memoráveis. Qual é o legado e como podemos fazer a diferença, trabalhando este tópico?
5. Como é que os destinos podem tirar partido dos eventos híbridos?

6. Como é que os membros podem aproveitar melhor as vantagens da ICCA? E o que é que a sede da associação pode fazer mais pelos seus associados?

Cada grupo teve depois alguns minutos para apresentar as suas ideias aos restantes.

Um destino de braços abertos

Foi esta a sensação permanente, ao longo dos três dias de reunião, a de que éramos muito bem vindos, e que os responsáveis locais se empenharam para nos dar e mostrar o melhor da cidade: venues espantosos, como Laboral, a cidade utópica, construída como uma universidade técnica e que, durante a ditadura, chegou a albergar mil rapazes vindos de toda a Espanha para estudarem ali, preparando-os para as profissões de que as indústrias locais - pescas, metalurgia e minas, nomeadamente -, tanto precisavam. A gastronomia, que inclui peixe e carne, igualmente apreciáveis, em resultado de esta ser uma zona em que a montanha termina abruptamente no mar, quase sem transição. E os vinhos e a sidra, pois claro – uma herança bem preservada.

Fazendo parte das Astúrias, que confina depois com o País Basco, no norte mais norte da península, Gijón é seguramente um destino que vale a pena experimentar.

Balanço

Numa curta declaração, o presidente do Capítulo, Christoph Tessmar, destacou a “experiência maravilhosa”, o espírito de “família”, a “interessante troca de experiências”, e agradeceu a todos os responsáveis locais e regionais que apoiaram a iniciativa – os participantes foram mesmo recebidos pela presidente de Câmara de Gijón, numa curta audiência.

Tessmar mostrou-se ainda satisfeito por anunciar que a próxima edição se vai realizar em Portugal, no Alentejo, em 2023.