“A certificação em sustentabilidade dá credibilidade aos destinos turísticos”

Reportagem

04-11-2022

# tags: Turismo , Destinos , Sustentabilidade , Conferências

A ideia foi defendida por diversos oradores, durante a conferência ‘A Sustentabilidade e a Certificação dos Destinos Turísticos’.

A conferência ‘A Sustentabilidade e a Certificação dos Destinos Turísticos’, que decorreu esta quinta-feira, 3 de novembro, no ISAG – European Business School (ISAG-EBS), numa organização conjunta com a consultora Th1nk, deixou uma ideia bastante clara, expressa por diversos intervenientes: “A certificação em sustentabilidade dá credibilidade aos destinos turísticos”.

Resulta ainda a ideia de que é necessário envolver todos os stakeholders - incluindo as populações dos locais mais remotos -, para que estes processos sejam eficazes. Afinal, a sustentabilidade deve ser uma construção de todos nós, uma vez que a nossa simples existência, individual, tem um impacto efetivo no planeta que habitamos – e é por isso muito difícil falar em “impacto zero”.

Uma certificação deste género é um processo complexo, que pode envolver um ano, só de preparação, para depois se avançar para a certificação, que depois é regularmente verificada, para garantir que os pressupostos se mantêm.

Para os destinos que estão já envolvidos, a certificação não é um fim, mas antes o início de um percurso que almeja a melhoria contínua, garantindo que novas conquistas vão sendo feitas, novas metas atingidas.

E estamos perante equilíbrios muitas vezes difíceis, complexos de alcançar. Se por um lado os destinos querem turistas, por outro não querem destruir os argumentos que os tornaram atrativos, nem perder qualidade de vida para as populações.

A aposta pode passar por trabalhar nichos de viajantes que gastam mais no destino, que se preocupam com a sua preservação, rejeitando, por contraste, o chamado ‘turismo de massas’. Mais uma vez a tensão entre querer promover, atrair, mas sem exceder a capacidade de cada destino para acolher turistas. O que se cruza, por exemplo, com a necessidade de garantir visitantes para todo o território, e ao longo de todo o ano, diminuindo os tais ponto de pressão excessiva.

Nota ainda para um futuro - que já está aí -, em que turistas cada vez mais exigentes deixam de tolerar desperdícios, e escolhem os destinos das suas viagens pelo compromisso que estes têm com a sustentabilidade ambiental, económica e social.