AP | Portugal: Olhar o futuro com otimismo

21-09-2020

Cinco perguntas a Mário Júnior, CEO da AP | PORTUGAL Tech Language Solutions.

É com otimismo que a AP | PORTUGAL Tech Language Solutions olha para o futuro. A pandemia afetou a empresa portuguesa de tecnologias de comunicação, gestão de eventos e de tradução, mas estes também foram tempos de oportunidade para o desenvolvimento de novos projetos. Para saber como se reinventaram para fazer frente a esta nova realidade e o que esperam do futuro, a Event Point colocou algumas questões a Mário Júnior, CEO da AP | PORTUGAL Tech Language Solutions, empresa que recentemente obteve o selo Clean & Safe, do Turismo de Portugal.

 

Qual o impacto da pandemia na AP | PORTUGAL e que tipo de trabalho realizaram durante o confinamento?

Visto que a AP | PORTUGAL é a referência nacional no que toca aos serviços de interpretação de conferência, obviamente que a pandemia teve grande impacto. Até porque, para além da interpretação de conferência, disponibilizamos também o serviço de aluguer de equipamentos audiovisuais. 

Já retomaram a atividade?

Não interrompemos em momento algum a nossa atividade. Dado o nosso ADN tecnológico, rapidamente fomos capazes de adaptar-nos, colocando-nos à disposição dos nossos clientes para que pudessem continuar a comunicar. Neste ponto, o facto de sermos parceiro oficial do Zoom foi, sem dúvida, um elemento de segurança adicional. Finalmente, assim que o Turismo de Portugal e a DGS anunciaram o selo Clean & Safe para empresas de congressos e eventos, fomos dos primeiros a obtê-lo, não só para dar continuidade aos eventos presenciais, mas sobretudo para os híbridos – tendo em conta a fase em que nos encontramos – apoiando os nossos clientes com serviços de VRI – Video Remote Interpretation e RSI – Remote Simultaneous Interpreting.

Reinventaram-se de alguma forma para fazer frente a este ‘novo normal’? Que desafios têm pela frente?

Olhamos para tudo o que sucedeu como uma grande oportunidade para desenvolvermos projetos em determinados mercados que no período pré-Covid-19 seriam mais difíceis de alcançar. O grande exercício da AP | PORTUGAL Tech Language Solutions é, sobretudo, o de capacitar as nossas equipas e gestores de projetos para serem gestores de eventos amplificados. Além disso, acentuamos a componente pedagógica, graças ao nosso centro de formação tecnológica certificado pela DGERT. Entre outras formações, por exemplo, desenvolvemos uma formação em Gestão de Eventos Amplificados, uma área que nos levou a realizar uma conferência que teve uma vasta participação. O nosso desafio é, acima de tudo, continuar a pragmática e metódica transformação digital e o investimento na capacitação do nosso “Amazing Team With Great Technology”.

 

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Mário Júnior, CEO da AP | PORTUGAL Tech Language Solutions

 

Foram reconhecidos com o selo ‘Clean & Safe’ para interpretação e gestão de eventos. Que medidas de segurança foram implementadas?

Além do cumprimento das regras gerais estipuladas pela Direção Geral da Saúde, implementamos regras específicas relacionadas com as conferências. Dentro dessa especificidade, preocupou-nos, por exemplo, o manuseamento do equipamento entregue aos participantes e oradores, como microfones e auriculares, pelo que estabelecemos o estrito cumprimento de regras de higienização diante dos utilizadores. Tudo isto não esquecendo, naturalmente, os intérpretes de conferência. Se anteriormente havia dois intérpretes por uma cabine, agora nesta nova realidade asseguramos a segurança e proteção destes profissionais com uma cabine para cada um dos intérpretes de conferência.

Que expectativas têm para o futuro?

Felizmente, no caso da AP | PORTUGAL Tech Language Solutions, não passamos de 100 para zero. Depois do turbilhão, acreditamos estar hoje melhor do que estávamos antes da pandemia. Já éramos a empresa número um em Interpretação de Conferência on-site e, hoje em dia, temos por objetivo ser número um em Interpretação de Conferência no digital. Não há nada melhor do que estar a lutar pelo primeiro lugar em dois campeonatos. No próximo ano, Portugal receberá a presidência da UE e, por isso, é nossa expectativa que haja uma retoma em termos de eventos híbridos e presenciais. Não posso deixar de dizer que o nosso otimismo advém, em muito, da decisão estratégica da AP | PORTUGAL Tech Language Solutions não ser uma empresa de monoproduto. Atuamos em todas as áreas da comunicação multilingue e tecnologias de comunicação, somos líderes nacionais na área da tradução escrita certificada, localização de software, apps e websites, legendagem e locução e estamos a dar fortes e firmes passos na formação profissional para capacitar e apoiar a sociedade portuguesa no processo de transformação digital, nomeadamente junto do tecido empresarial português com ambições internacionais. Aproveito para relembrar que o nível de maturidade das nossas empresas no que toca ao seu processo de internacionalização através dos canais digitais ainda é extremamente baixa. Segundo alguns modelos de gestão, como, por exemplo, o da consultora americana CSA, que avalia em cinco níveis a maturidade das organizações, grande parte das empresas estará entre o nível 1 ou 2. É urgente formar os quadros superiores para não ficarmos na cauda europeia.

 

Interpretação de Conferência (AP | PORTUGAL Tech Language Solutions, 2019)

 

Maria João Leite