APSTE: restrição nos eventos corporativos teve “efeito devastador”
09-11-2020
A limitação de cinco participantes também nos eventos corporativos, como anunciado na passada semana, teve “um efeito devastador”, por ter levado ao cancelamento de eventos. A APSTE – Associação Portuguesa de Serviços Técnicos para Eventos tem dúvidas relativamente a esta medida e aguarda esclarecimentos.
“A única grande novidade que surgiu mais recentemente, e que acabou por ter um efeito devastador para as nossas empresas, já que gerou o cancelamento automático dos 5% a 10% de trabalho que ainda nos restava, trata-se da alegada restrição de eventos corporativos para um limite máximo de cinco pessoas. Ora bem, tal como foi comunicada, esta medida levanta-nos sérias dúvidas e, como tal, enviámos esta semana alguns pedidos de esclarecimentos à ministra da Cultura, à secretária de Estado do Turismo e ao secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor, porque todos se predispuseram a ajudar-nos durante as reuniões que tivemos, e estamos a aguardar feedback”, conta Pedro Magalhães, presidente da APSTE.
Embora reconheça o esforço do Governo, a associação considera “insuficientes” as medidas anunciadas para o setor. “O Governo tem de ir mais além para garantir a sobrevivência das nossas empresas e trabalhadores”, frisa Pedro Magalhães, lembrando faltarem “respostas para temas essenciais”: “Foram esquecidas questões vitais como a criação de um CAE específico para o setor, o congelamento das amortizações durante o próximo ano ou a disponibilização de uma linha de crédito com um valor ajustado à dimensão do volume de empresas a operar e dos prejuízos já acumulados por estas devido à pandemia.”
A APSTE recorda que, em 2019, este setor faturou centenas de milhões de euros – “só os nossos associados contribuíram com cerca de 140 milhões”. “Caso não cheguemos a um desenlace que garanta a sobrevivência das nossas empresas e dos nossos trabalhadores, não teremos outra opção a não ser avançar com novas ações de protesto que, desta feita, poderão ser mais incómodas.”