Bulgária: um destino que quer atrair portugueses
18-10-2021
# tags: Bulgária , Eventos , Conventa , Meetings Industry , Destinos
A presença na Conventa, que decorreu em agosto em Ljubljana, na Eslovénia, foi mais um passo para consolidar a Bulgária como um destino de eventos na região dos Balcãs, mas o país olha agora para novos mercados, diferentes daqueles com que, por proximidade geográfica, se costumava relacionar.
Sendo a Conventa um evento bastante vocacionado para a região da “Nova Europa”, a presença do Bulgarian Convention Bureau é, mais do que natural, quase óbvia. Aos olhos dos portugueses, porém, poderá ser difícil relacionar diretamente este país com o setor dos eventos. Afinal, o que pode a Bulgária oferecer a uma empresa ou organizador português?
Lançado o desafio, Teodora Jilkova, CEO Bulgarian Convention Bureau, acedeu a falar de forma entusiástica de um destino que quer afirmar-se como uma escolha natural para quem está na parte mais ocidental da Europa.
As opções são muitas, diz a responsável, assegurando que o país pode dar respostas a várias necessidades. Lembra que a oferta hoteleira no segmento premium foi aumentada nos últimos anos, apontando como exemplo o Millennium ou o Intercontinental, locais com todas as condições para receber eventos internacionais.
Sófia: diferentes experiências a curtas distâncias
“Em Sófia temos também o National Palace of Culture, que é o maior centro de conferências dos Balcãs, mas também o Expo Center. Tudo depende se pretendem um local propositadamente construído para receber eventos ou se quer um hotel, para ter outro tipo de experiência”, explica.
E (boas) experiências parecem não faltar numa das cidades mais antigas da Europa: “Sendo a capital, pode estar centro da cidade, onde está o National Palace of Culture, e em 25 minutos chegar ao topo de uma montanha, porque um dos nossos parques nacionais, o Mount Vitosha, fica muito perto. Por isso é muito fácil sentir o destino”, revela Teodora Jilkova.
“Outro ponto favorável são os transportes, porque do aeroporto ao centro da cidade são cerca de 10 quilómetros de distância, o que é importante para poupar tempo quando, por exemplo, se participa num congresso. É muito rápido e fácil, de metro ou de táxi, chegar ao centro da cidade, experienciar e fazer parte do congresso, mas também ter tempo para experienciar a cidade”, exemplifica.
“Temos muita cultura, muita história e isso é algo de que nos orgulhamos. Por isso estamos a tentar implementar a sensação da História e da cultura no programa social dos eventos”, conta a CEO do Bulgarian Convention Bureau.
No entanto, ressalva que há muito mais a descobrir para além de Sófia: “Temos diferentes locais onde existem hotéis de quatro e cinco estrelas preparados para receber eventos e que ficam a cerca de 40 minutos de Sofia. Mais uma vez, tudo depende de qual será a escolha do grupo, de quantos delegados, qual a natureza, qual o setor de onde vem e o que desejam fazer além de participar no evento.”
Um dos exemplos é a Costa do Mar Negro, servida por dois aeroportos internacionais (Burgas e Varma). “Não é uma localização apenas para a época de verão e para lazer, já que tem muitos business hotels que oferecem condições excecionais para eventos”, garante.
Portugal é uma oportunidade
Promover a Bulgária como destino de eventos em mercados como o português é um dos próximos passos a dar pelo Bulgarian Convention Bureau. A CEO da entidade reconhece que, até agora, o país é visto sobretudo como um destino de lazer e admite que tem faltado promoção junto de mercados mais distantes.
“Costumávamos focar-nos em mercados com que, no passado, tínhamos boas ligações. Para atrair temos de garantir que existem boas ligações aéreas, o que torna a escolha mais fácil, porque ninguém quer viajar se tiver de fazer três escalas”, explica.
No entanto, diz que “as coisas estão a mudar”: “Há voos a partir de Lisboa e isso obviamente que muda a perceção sobre o destino e abre as nossas portas para novas oportunidades e para colocar na nossa estratégia que temos de atrair cada vez mais pessoas e empresas de Portugal. É uma oportunidade para nós.”
O próximo passo, diz, será dar a conhecer, junto das empresas e associações portuguesas, o interesse da Bulgária em receber os seus eventos.
Olga Teixeira*
*Viajou a convite da Conventa
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