Cidade Maravilhosa também para eventos
04-06-2019
# tags: MICE , Eventos , Rio de Janeiro , Brasil , IMEX , Destinos
Estes megaeventos trouxeram muitos benefícios ao Rio de Janeiro, incluindo a reestruturação da cidade, uma maior mobilidade, mais infraestruturas e equipamentos para eventos. Mas há um reverso da medalha: alguns dos eventos mais pequenos, que normalmente aconteciam na cidade, foram deslocalizados. “O que aconteceu com a cidade, principalmente no ano das Olimpíadas, foi que o Rio Centro, o nosso maior Centro de Convenções, ficou fechado durante oito meses e muitos dos eventos que acontecem corriqueiramente no Rio de Janeiro, ou que aconteceriam naquele ano, não puderam acontecer porque o Centro estava todo tomado pelas Olimpíadas. Esses eventos saíram do Rio”, refere Tatiana Kingston, do Rio Convention & Visitors Bureau. Em entrevista à Event Point durante a IMEX Frankfurt, a responsável sublinha o grande trabalho de captação e promoção que foi necessário após os grandes eventos. “Suponho que isto seja natural em todas as cidades olímpicas, que todas passem por isso e que não seja uma exclusividade do Rio de Janeiro. Mas é um trabalho árduo, a preparação da cidade para receber o evento” a que se segue mais “trabalho árduo depois das Olimpíadas para voltar ao normal”, refere. A cidade ocupa atualmente o 56º posto do ranking mundial da ICCA (International Congress and Convention Association), sendo a segunda cidade brasileira a surgir na lista, depois de São Paulo, que se encontra na 40ª posição.
Em conferência de imprensa na IMEX, a instituição deu conta, por exemplo, do trabalho que tem sido feito no destino em termos de mobilidade, com um Centro de Operações que monitoriza a cidade e minimiza os impactos da realização de eventos, com medidas que até os beneficiam. No que diz respeito a segurança, Tatiana Kingston contou à Event Point que esta vem “melhorando cada vez mais.” “O Rio Convention Bureau tem um contacto muito próximo com a Polícia de Turismo do Rio de Janeiro e com o Centro de Operações e estamos constantemente a trabalhar em parceria com eles para garantir uma segurança extra e passar uma sensação melhor”, sublinha. Tatiana Kingston refere que muitas das notícias de insegurança são exageradas ou equivocadas. Em relação ao clima político de um país altamente dividido, a responsável afirma que “o trade está a trabalhar muito para se movimentar inclusive politicamente, para que haja apoio. O Rio de Janeiro, como cidade, e como trade, entende como são importantes todos os tipos de mercado, e que todo o tipo de pessoas sejam bem recebidas”. Tatiana Kingston lembra que “é esse o nosso trabalho, receber da melhor forma possível o turista; estamos aqui para trabalhar para o turista”.
Portugueses e o Rio
Portugal está no top 10 dos mercados emissores do Rio de Janeiro. Segundo dados de 2017, fornecidos pelo Convention Bureau, o país ocupa o 7º lugar de uma lista liderada pela Argentina. Boas conexões aéreas entre ambos os destinos ajudam a que mais de 40 mil pessoas tenham visitado a Cidade Maravilhosa naquele ano.
Cláudia Coutinho de Sousa
Créditos fotográficos: Leonardo Ferreira Mendes
© Cláudia Coutinho de Sousa Redação
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