Festivais de música: Governo ouviu preocupações, mas nada está decidido
29-04-2020
Os promotores dos principais festivais de música em Portugal contaram na terça-feira as suas preocupações ao Governo, numa reunião com o primeiro-ministro António Costa e os ministros da Economia, Saúde e Cultura. Todas as questões apresentadas devem ser analisadas no próximo Conselho de Ministros, que amanhã vai tomar uma decisão global a incluir num plano de relançamento da atividade.
Presentes na reunião estiveram Álvaro Covões, da Everything is New (Nos Alive); Diogo Marques (EDP Vilar de Mouros); João Carvalho e Filipe Lopes, da Ritmos (Nos Primavera Sound e Vodafone Paredes de Coura); Jorge Lopes (Meo Marés Vivas);Luís Montez, da Música no Coração (Meo Sudoeste, Super Bock Super Rock e o Sumol Summer Fest); Roberta Medina (Rock in Rio); e Tiago Castelo Branco (RFM Somni). Os promotores mostraram a vontade de voltar ao trabalho assim que possível e apresentaram propostas, mas ainda não se sabe se haverá ou não condições para a realização dos eventos, que reúnem milhares de pessoas. Sabe-se apenas que a abertura da atividade cultural vai ser progressiva.
Se alguns promotores de festivais de música ainda aguardam pelo desenvolvimento da situação, outros há que já decidiram pelo adiamento dos eventos. O Rock in Rio Lisboa, o Festival Músicas do Mundo, o North Music Festival e o Boom Festival vão regressar apenas em 2021. O Nos Primavera Sound foi adiado para o início de setembro, à semelhança do Primavera Sound de Barcelona que foi reagendado para o final de agosto.
A pandemia por Covid-19 levou já ao cancelamento ou adiamento de vários festivais europeus. Os festivais Glastonbury (Reino Unido), Tomorrowland (Bélgica) ou Wacken Open Air (Alemanha) são um exemplo dos muitos eventos que cancelaram as suas edições deste ano, regressando em 2021.
©Jorge Ferreira