Francisco Serzedello cria nova agência de eventos

04-01-2021

A agência vai estar focada nos eventos corporativos, eventos digitais e ativação de marca.

Francisco Serzedello deixa a Desafio Global e abraça um novo projeto, a criação de uma nova agência de eventos. O nome e a identidade gráfica não foram ainda comunicados, mas a empresa está já a operar.

Esta é, segundo Francisco Serzedello, a oportunidade de criar uma empresa “como sempre sonhou”, e que passa por criar condições para que colaboradores, fornecedores e clientes estejam felizes. Para já a equipa é formada por 14 pessoas, mas estão em fase de contratação em mais algumas áreas. “Felizmente, neste ano difícil temos a ousadia de tentar criar uma empresa que tem a ambição de ser líder de mercado, e de crescer já com ferramentas e condições, quer para a equipa, quer para parceiros, quer para clientes, acima daquilo que está a acontecer. Numa altura em que as empresas todas do mercado estão a encolher, aparece alguém com a visão e ambição de criar algo de raiz com toda esta qualidade e a apostar nesta equipa de profissionais que já tem provas dadas”, refere Francisco Serzedello em declarações à Event Point.

A aposta da nova agência é nos eventos corporativos, eventos digitais e na ativação de marca. “O digital é para mim, nesta fase, crucial. Não sabemos ao certo se 2021 vai ser inteiramente digital, mas é garantido que também vai ser digital, e por isso na génese da empresa está a ferramenta digital. E começamos a empresa muito bem artilhados nessa área”, sublinha o responsável. Na escolha da equipa essa experiência e talento no digital foram considerados. “A equipa está muito bem reforçada na área do digital com pessoas que têm vindo a dar cartas nos últimos nove meses”, refere. Também a criatividade está no centro do projeto. “O que nós sentimos é que o mercado está um bocadinho dividido entre as empresas que são muito criativas e as empresas que são muito boas na implementação. E o nosso sonho é ter uma empresa criativa e boa na implementação”.

Para este projeto, que aparece em contraciclo no mercado, uma vez que uma parte das empresas está a redimensionar as suas estruturas, não foi difícil convencer a equipa a dar o passo na direção do novo desafio, diz Serzedello. “Estas pessoas não vêm todas do mesmo universo, mas grande parte vem, e havia uma grande vontade de mudar, de criar algo de novo”. Francisco Serzedello admite que o mercado está complicado, no entanto. “Eu sei que o mercado está muito complicado e vai continuar a estar. É fácil considerar loucura apostar nos eventos numa fase tão complicada, até porque uma empresa nova não tem apoios, vai ter que viver pela sua capacidade de implementação, mas nós acreditamos. Acreditamos que hoje estamos a fundar as bases para algo sólido, e que pode não dar frutos já, e estamos preparados para isso, para não colhermos os frutos amanhã, estamos preparados para plantar as árvores para colher os frutos mais à frente”.

Neste momento a empresa já está a fazer eventos, operando sob a marca We Declare Independence, que funcionará transitoriamente. “Demos prioridade a tudo o que são ferramentas de execução e por isso já estamos a faturar e a fazer eventos e estamos muito contentes com isso. Numa altura em que empresas que têm muitos anos não estão a faturar, nós nascemos agora e já estamos a conseguir fazer isso”. Entre os sócios desta nova empresa estão João Pinto Gonçalves, também administrador da Pop Group, e Carlos Cardim, da CPP, mas Francisco Serzello não tem relação com essas duas empresas. “Há aqui um conjunto de investidores que têm essas relações. Mas não tem nada a ver com aquilo que estamos aqui a construir”, avança.

Nestes mais de 20 anos de carreira no setor dos eventos, Francisco Serzedello lembra as pessoas com quem trabalhou e que lhe permitem hoje avançar para o projeto com “máxima confiança”. “De todas estas aventuras guardo no meu coração muito carinho e muito reconhecimento por todas essas pessoas.” Para a aventura que está agora a dar os primeiros passos parte com muita motivação. “Não tendo 16 anos, ainda sinto a garra, a emoção, a adrenalina, a agressividade necessária para encarar os desafios de frente e por isso é ótimo conseguir nesta fase acumular a experiência com esta motivação”, refere.

As tarefas vão mudar “porque há toda uma visão e uma liderança que é preciso exercer”, mas o objetivo é marcar presença no terreno sempre que possível. “Felizmente tenho uma equipa com muita experiência, capaz de entregar mesmo quando eu não estou lá. Mas nenhuma das empresas onde eu estive dependiam de mim, tive a sorte de ter grandes profissionais ao meu lado, capazes de fazer o que tiverem que fazer sozinhos”.

 

Cláudia Coutinho de Sousa