O híbrido nos eventos vai manter-se após a pandemia?

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Se o vírus tentou separar-nos, a tecnologia, mais do que nunca, aproximou-nos.
Foi pela tecnologia que se tornou possível movimentar negócios e até mesmo os eventos, mesmo antes das tão esperadas vacinas.
 
A tendência de 2020, surgida dos efeitos da pandemia, vem-se afirmando em 2021, com grandes marcas a apostarem no modelo para as suas apresentações.
 
O híbrido na área de eventos parte do conceito de juntar o presencial e o on-line, trazendo experiências diferentes e complementares.
 
A alternativa, que foi criada para evitar a disseminação do vírus, mostrou ter um potencial que vai além de tudo isso. Vai conectar cada vez mais pessoas pelo mundo todo que gostariam de participar do evento mas, por muitos motivos, não conseguem fazer isso fisicamente.
 
Num estudo que será apresentado na revista Promoview, que circulará na próxima semana, os participantes relatam que os eventos ajudam a gerar mais leads do que qualquer outra estratégia. 
 
Mesmo com essa convicção, investir em eventos pode parecer contraintuitivo quando comparado com outros métodos de marketing digital que podem atingir milhares de compradores-alvo com uma única campanha, muitas vezes, por um menor valor. 
 
No entanto, a prevalência de eventos virtuais ainda os torna uma ferramenta valiosa para o business. 
 
O momento atual pede mudanças. Essa afirmação parece óbvia, mas quem trabalha com diversos tipos de eventos tem vivido essa nova realidade diariamente desde que a pandemia começou. Afinal, foi preciso reinventar-se e planear de forma inovadora. 
 
Embora o marketing digital moderno ofereça uma infinidade de maneiras de se conectar com os compradores em canais e plataformas, os eventos permitem o envolvimento com os clientes potenciais face a face (ou tela a tela) em interações de alta qualidade. 
 
Quer esteja a falar de uma convenção de vendas ou a destacar as características de um produto ou de um serviço numa feira de negócios, os eventos são uma forma valiosa de personalizar o seu negócio e estabelecer uma presença forte com o seu público-alvo.
 
Mas, no futuro, o formato vai sustentar-se sem a pandemia? De acordo com os analistas, sim! 
 
Entretanto, como tudo que é lançado e deseja permanecer no mercado, precisa de atualizações. Para isso, é necessário apostar em novas tecnologias e estratégias para que o conteúdo chegue cada vez mais facilmente à mão do consumidor, mas sem perder a sua essência.
 
Para Rodrigo Stocco, diretor da Renase, que ganhou a Categoria Eventos Híbridos do Prémio Live 2021, “Este tipo de ação será uma ferramenta de marketing ainda mais eficaz e vai fornecer um ROI diferenciado, pois vai proporcionar o cruzamento de dados e perceções pelo público dos dois ambientes."
 
"Será preciso aprender como medir para entender a eficácia e ajustar a estratégia para novos eventos”, completa Stocco.
 
As possibilidades de criar conteúdos criativos, inteligentes e com recursos audiovisuais que prendem a atenção dos convidados dos eventos são maiores num evento produzido e transmitido on-line.
 
O mundo está a passar por um momento em que há uma real necessidade de entretenimento, e as funcionalidade de um evento híbrido trazem isso.
 
É preciso ressaltar que a relação custo-benefício também é ótima, visto que há redução dos gastos relacionados com o evento. 
 
Investimentos em itens como mão de obra, alimentação, transporte e hospedagem são significativamente menores quando comparados com eventos unicamente presenciais. Da mesma forma, há menor dependência de espaços físicos grandes, requerendo menos investimento.
 
A plataforma escolhida, por sua vez, deverá oferecer acesso ao conteúdo após o evento. Desta forma, o material produzido poderá ser disponibilizado de forma paga ou gratuita.
 
Para Sandro Andalafat, diretor da Muzik, eleita Fornecedor do Ano de Equipamentos para Técnica, “Aumentar o desafio será equilibrar a experiência de quem vai estar presente com quem vai assistir pelo ecrã."
 
"Isso torna-se um desafio para as empresas que fornecem as estruturas de câmaras, controle de som, luz, painéis de LED e outros sistemas, porque elas terão que ampliar os investimentos para atender à demanda criativa dos diretores e planners de ações de brand experience”, ressalta Sandro.
 
Além disso, o híbrido vai além dos venues ou estúdios e deverá ser utilizado nas ações de rua ou em eventos ao ar livre. 
 
Na opinião de Andalafat, haverá falta de técnicos especializados para garantir a qualidade dos milhares de ações que deverão ocorrer em simultâneo.
 
Os organizadores devem estar atentos às necessidades de um evento como esse. Entre elas,  está a tecnologia de live streaming, o software de transmissão ao vivo ou uma plataforma de vídeos. 
 
Também é essencial contar com uma equipe de produção de vídeo. Isso dará ao seu evento um ar mais profissional. A internet também deve ser ideal para manter uma conexão boa e estável.
 
Por fim, o conteúdo apresentado, como em todo o tipo de evento, deve ser relevante. Assim, tanto os participantes presenciais quanto os virtuais vão sentir-se motivados em participar. 


Fonte: www.promoview.com.br