Os essenciais da comunicação interna para criar engagement
15-04-2020
Uma pesquisa realizada pela equipa de Talent Engagement da LLYC em Portugal, entre 23 e 26 de março deste ano, revela que 63% das pessoas considera que a comunicação interna se intensificou devido ao surto de Covid-19. A pandemia tem vindo a mudar a forma como vivemos e trabalhamos e a LLYC, empresa de consultoria de comunicação, quis identificar os principais desafios da comunicação interna nas empresas.
Numa altura em que muitas empresas optaram pelo trabalho remoto, a comunicação interna é feita por vários canais, sendo os mais eficazes, segundo os inquiridos, o email (85%), videoconferência (65%) e plataformas colaborativas, como o Google Hangouts ou o Microsoft Teams, entre outras (59%). Adianta a pesquisa que 68% das pessoas recebem frequentemente informação da sua empresa sobre a pandemia, que apenas 10% afirmou sentir-se pouco próximo da liderança da empresa, que 73% disse estar preocupado com a sua produtividade e concentração, que 47% está preocupado com a gestão e coordenação da sua equipa e que 53% está receoso com a segurança do seu posto de trabalho.
Neste contexto, e numa altura em que as empresas enfrentam novos desafios de comunicação, deixamos aqui algumas ideias da LLYC, tal como foram divulgadas, sobre os essenciais da comunicação interna para a criação de engagement:
Comunicação próxima. Estar próximo implica que a comunicação assimile, compreenda e dê resposta às preocupações dos profissionais, usando uma linguagem clara, acessível e direta. A comunicação quer-se relacional, mais do que nunca.
Comunicação sincera. A comunicação tem de ser genuína e autêntica sob pena de não ser credível. Isso implica que é humano, em circunstâncias como as do atual contexto, poder expressar vulnerabilidade. Partilhar as inquietações face ao futuro quando desconhecemos o impacto que o contexto vai ter é humano e valorizado.
Comunicação sempre presente. É preciso assegurar uma comunicação fluída com as pessoas, sem nunca perder o contacto e de forma a manter toda a equipa informada sobre as decisões tomadas e seu impacto no negócio. As empresas devem ser uma fonte de informação relevante para as suas pessoas.
Comunicação bidirecional. Dois grandes problemas que as empresas enfrentam na hora de comunicar são: falar sem escutar e falar sem responder. Garantir resposta e feedback é essencial. As empresas devem disponibilizar espaços próprios e os canais adequados para que as pessoas possam expressar os seus receios e as suas dúvidas, mostrando-se disponíveis para as ouvir e trabalhar em soluções.
Comunicação proativa. Conhecer e monitorizar as preocupações das pessoas permite-nos detetar insights para planear ações de comunicação que antecipem necessidades e criem engagement.
Comunicação coerente. Tempos difíceis trazem uma oportunidade às empresas de mostrar a verdadeira cultura organizacional. Mais do que narrativas pomposas, são precisos relatos envolventes, com propósito e que consubstanciem a ação. É tempo de ‘storydoing’ e não de ‘storytelling’.
Comunicação com perspetiva de longo prazo. O mundo como o conhecíamos não será o mesmo. Nesse sentido, há uma oportunidade de gerar conteúdos e experiências que sirvam de “catarse coletiva” nos espaços de trabalho. Reagir agora não deve limitar-nos de pensar proativamente no que virá depois.