Pedro Magalhães: “É expectável que o mercado nacional de eventos continue a crescer”

20-05-2019

Há 22 anos no mercado dos eventos, a Europalco faz um balanço destas duas décadas de atividade. Pedro Magalhães, fundador e CEO da empresa, contou à Event Point quais os principais marcos e desafios deste percurso e falou também do futuro, no qual prevê que a Europalco continue a evoluir e a surpreender. O responsável acredita que o mercado de eventos em Portugal vai continuar a crescer, porque as empresas estão mais motivadas a organizar eventos.

 

Quais são os principais marcos decisivos na Europalco nestes 20 anos de atividade da empresa?

Nós fizemos este ano 22 anos, mas sentimos que agora era uma boa altura para fazer um balanço das duas décadas vividas no mundo dos eventos, porque, de facto, muito aconteceu. Diria que os principais marcos foram dois: por um lado, quando passámos dos concertos para o mercado de eventos corporativos, por outro, e mais recentemente, quando começámos a incluir tecnologia de ponta nas nossas soluções. A Europalco foi criada em 1997 e nos primeiros anos estava muito ligada às bandas, fornecendo sobretudo luz e som. Sensivelmente desde 2005, passámos a estar mais voltados para o mercado dos eventos corporativos, o que nos fez crescer grandemente e que é, hoje em dia, o grosso do nosso trabalho. O segundo marco foi quando decidimos que queríamos estar na vanguarda da tecnologia. Sempre estivemos atentos às novidades e sempre tentámos acompanhar a evolução, mas hoje em dia somos uma referência na criação de eventos cada vez mais tecnológicos, o que nos tem posicionado muito bem no mercado. Atualmente, não só aplicamos as tecnologias existentes, como também apoiamos os nossos fornecedores no desenvolvimento de novas soluções tecnológicas com base no nosso conhecimento técnico e experiência na área dos eventos.

 

Quais diria que foram os principais desafios em termos de eventos?

De uma forma geral, diria que os principais desafios foram a transformação tecnológica e a necessidade crescente de acompanharmos essa transformação. A criatividade não tem limites e uma grande criatividade associada à tecnologia dá-nos imensas possibilidades. Então, estamos sempre a trabalhar para criar novas soluções que surpreendam os clientes e, por outro lado, procuramos sempre responder às ideias que nos chegam de clientes e parceiros, o que pode ser muito desafiante.

 

Qual o segredo do sucesso da empresa neste sector dos eventos?

Acredito que o segredo está na oferta global de serviços aliada a uma forte componente de personalização, ao conceito e imagem de cada evento. Nós fornecemos soluções para palcos, vídeo, áudio, iluminação, mobiliário, cenários, climatização ou produção, um serviço “chave na mão” que vem facilitar em muito a organização das iniciativas e que faz toda a diferença.  Por outro lado, hoje um cliente pode idealizar um palco fora de formato ou uma peça de mobiliário específica e nós temos a capacidade de produzir à medida e acredito que a capacidade de resposta e o foco no pormenor são também fatores-chave de sucesso.

 

Portugal é pequeno para uma empresa como a Europalco?

Não acho que Portugal seja pequeno. Há ainda imenso espaço para crescer, porque as empresas estão cada vez mais motivadas a organizar eventos, porque já os percebem como uma estratégia de marketing, seja para o exterior da empresa, ou mesmo junto dos seus colaboradores. Por isso, é expectável que o mercado nacional de eventos continue a crescer.

 

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Qual é a vossa estratégia em termos de internacionalização?

Temos vindo a participar ativamente em feiras internacionais, desde 2014. Mas a nossa estratégia não passa por trabalhar no exterior, mas por captar cada vez mais eventos para Portugal. Queremos mostrar às empresas estrangeiras que têm grandes condições para organizar eventos cá e que, cá, podem contar connosco.

 

Como descreveria hoje a Europalco em termos de visão de futuro?

Queremos continuar a crescer em número de clientes, nacionais e estrangeiros, em número de colaboradores e, sobretudo, em número de soluções. Queremos continuar na vanguarda e queremos ser vistos sempre como uma referência e uma empresa na qual os clientes sabem que podem confiar.

 

Como imaginam a Europalco daqui a cinco anos?

Confesso que não penso muito a longo prazo, até porque a evolução e adaptação ao mercado é constante. Hoje, estamos num patamar onde nunca tínhamos imaginado chegar. Posto isto, acredito que a Europalco vai continuar a evoluir e a surpreender.

 

Que iniciativas estão preparadas para comemorar este aniversário?

Não foi um comemorar de aniversário, mas sim uma forma de assinalar estas duas décadas no mercado. Promovemos, no mês de maio, um evento – o primeiro Tech Day – onde contamos com mais de 200 convidados, clientes e parceiros, a quem demos a conhecer o verdadeiro potencial da evolução da tecnologia que a Europalco tem ao dispor dos seus eventos. Além disso, foi também uma oportunidade para dar a conhecer as nossas instalações e a equipa num ambiente mais descontraído e para desvendar uma novidade tecnológica ao nível do som, o immersive sound art, uma inovadora solução que, através de sound design, permite criar atmosferas arrepiantes, com os sons a surgirem de diversos pontos, acompanhando, por exemplo, um apresentador do evento, venha de trás ou de cima do recinto.

 

Cláudia Coutinho de Sousa