Que tipo de destinos vão recuperar mais rapidamente os incentivos?
07-12-2020
Durante um webinar na IT&CMA Asia, que este ano decorreu em formato digital, Padraic Gilligan, da SITE - Society for Incentive Travel Excellence, partilhou com os participantes os principais resultados de um inquérito realizado pela associação, sobre o impacto da covid-19 nos incentivos. O inquérito contou com 2882 submissões, de 91 destinos.
Uma das conclusões principais é que as empresas estão a olhar para destinos mais próximos. Por exemplo, as empresas europeias olharam em 2020 para destinos da Europa Ocidental e para destinos emergentes também na Europa. Fora do Velho Continente, apareceram em primeiro lugar os destinos do Golfo Pérsico, seguido da Oceânia, e Canadá. Os destinos asiáticos não constam do top 10.
Dentro destas escolhas, nota-se a saída dos destinos mais urbanos e o foco em locais com muito espaço e menos densidade populacional. Gilligan lembra que há a necessidade agora dos destinos comunicarem estas suas características com os seus clientes. Além de destinos mais próximos, com menor densidade populacional, os destinos de aventura e natureza também emergirão. Cruza-se com isto um novo design deste tipo de viagens. Há um foco maior no intrínseco gosto de viajar, ou seja estes programas deverão concentrar-se na viagem, deixando de lado as mensagens da empresa, o lado formativo e de reunião. Também serão promovidas as ‘viagens com consciência’, procurando contribuir para o desenvolvimento das comunidades.
Finalmente, haverá uma tendência para escolher destinos que lidaram melhor com a crise pandémica, ou pelo menos cuja percepção aponte para isso. Esses serão dos primeiros a recuperar nos incentivos.
Cláudia Coutinho de Sousa