REINVENT: Agências e fornecedores – resistência, oportunidades e esperança no futuro
25-03-2021
A indústria dos eventos está a passar por um período difícil, mas Jorge Vinha da Silva (Altice Arena) acredita que “vamos sair mais resistentes” destes tempos de pandemia. O presente traz novos desafios aos gestores de eventos e aos fornecedores, mas também traz novas oportunidades. Mas primeiro é necessário garantir a sobrevivência, trabalhar em conjunto e não ter medo de cometer erros, para que se possa aprender com eles e abraçar a esperança num futuro melhor.
Estas foram algumas das ideias deixadas no painel “O que queremos que mude no futuro III | Agências e Fornecedores”, com curadoria de Pedro Rodrigues (Desafio Global e Go Live Digital Events). Além da participação de Jorge Vinha da Silva, a sessão contou com a participação de Bernardo Corrêa de Barros (Turismo de Cascais), Gonçalo Oliveira (Desafio Global) e Pedro Magalhães (Europalco).
Estas foram algumas das principais ideias deixadas neste painel:
*O futuro vai trazer coisas boas e Portugal vai ter a ganhar com isso.
*O digital, o híbrido e a tecnologia vieram para ficar e podem ser um potenciador das propostas e dos eventos futuros.
*Se não houver um investimento nos eventos, deixa de haver fornecedores capazes, com qualidade, com tecnologia disponível, e não vai ser possível dar resposta aos eventos internacionais. Desinvestir nesta altura vai condenar empresas que já estão em dificuldades.
*A indústria tem de se unir e de trabalhar em conjunto, pois só juntos é possível ultrapassar esta crise.
*Esta é uma indústria muito abrangente. É necessário juntar todos na estrutura base da indústria para retirar os benefícios que ela merece.
*Todos temos a ganhar se o destino Portugal, nas suas mais variadas dimensões, for valorizado.
*Os eventos híbridos vão ser mais uma ferramenta para os organizadores de eventos. Vai ser mais caro, mas os organizadores terão de saber vender este tipo de produto e aproveitar esta oportunidade.
*Um evento híbrido não é um evento com transmissão. É realizado para um espaço onde estão pessoas e também para o online, onde estão outros participantes a acompanhar o evento.
*Vai haver uma pressão cada vez maior no sentido de integrar os temas da sustentabilidade. Há oportunidades, mas também muita responsabilidade da indústria. Também é obrigação dos players do setor, por fazerem parte desse ecossistema, trabalhar e ter essa estratégia conjunta.
*Mas estarão os clientes dispostos a pagar mais por eventos sustentáveis? Tem de haver uma adaptação e, nesse capítulo, há um caminho longo a percorrer.
*A pandemia trouxe novos desafios e os gestores de eventos têm de aprender a trabalhar com as novas ferramentas, defendem uns. Mas por outro lado, defendem outros, um gestor de eventos não tem de ter conhecimentos técnicos absolutos, tendo de ser bom em reunir a equipa e de fazer um evento de sucesso.
*No final da pandemia, seremos eventualmente melhores pessoas, porque aprendemos a compreender várias coisas, ganhamos novas competências e novas perspetivas.
*A mudança obrigou a reinvenção. O que aprendemos neste último ano foi importante para os anos futuros.
*A lealdade entre todos os players da indústria é uma obrigação.
*Garantir a sobrevivência, trabalhar juntos e não ter medo de cometer falhas, aprender com os erros.
*A indústria vai sair mais resistente da pandemia.