REINVENT: O que mudou para sempre? Muito, mas não o essencial

25-03-2021

O que mudou para sempre com a pandemia? Especialistas analisam as mudanças na educação, tecnologia e ciência, transpondo as conclusões para os eventos.

No Painel 1 do REINVENT discutiu-se "O que mudou para sempre" através da perspetiva de três especialistas nas áreas da ciência, tecnologia e educação. O curador deste painel foi Diogo Assis, da Voqin'.

Tiago Reis Marques, médico no Mausdley Hospital, Fernando Martins (Voqin') e Pedro Santa Clara (Shaken Not Stirred) falaram sobre o útimo ano e as mudanças trazidas pela pandemia. A conclusão é que muito mudou, mas o ser humano continua a precisar de interação, sensações e emoções.

Veja um breve resumo deste painel:

  •  O cérebro funciona noutra escala temporal. Não é uma pandemia que vai mudar o nosso cérebro.

  •  O cérebro é adaptativo, sente e responde ao ambiente e as mudanças no ambiente acabam por levar a mudanças cerebrais. A dificuldade é selecionar quais as decisões a tomar quando existe muito ruído sensorial.

  • Cada vez menos vamos interagir menos. Por isso os eventos devem captar a atenção e diferenciar-se no meio do ruído 

  • O mundo é físico, mas a realidade humana é virtual. O ser humano já está preparado para migrar essas experiências para o mundo digital, desde que seja melhor do que o físico.

  • Houve uma subtração forçada do espaço físico, mas algumas experiências foram muito boas. No entanto, somos seres gregários e isso não vai mudar. 

  • Vamos a concertos e conferências para encontrar e conhecer pessoas. Um evento digital tem de promover essas experiências de uma forma melhor do que a digital e isso vai ser difícil.

  •  A educação mudou e do lado dos empregadores também se verificam mudanças. A educação é social, precisamos de colegas e de interação. 

  • As universidades e empresas tecnológicas  perceberam que têm aqui uma oportunidade. Surgem novos modelos de educação e novos players.

  • Como se comporta o cérebro num evento digital ou presencial? É mais fácil medir, mas mais difícil ter a relação afetiva e estimulação sensorial.