Tap quer voar mais alto em congressos e eventos
24-10-2017
A TAP está a apostar cada vez mais no segmento da meetings industry (MI), sobretudo em congressos e incentivos. Em declarações à Event Point, Paulo Henrique Cunha, responsável da área de vendas da companhia aérea de bandeira, explica que neste segmento se intensificou “fortemente a procura em paralelo com a projecção actual de Portugal lá fora. Apostamos na constante melhoria da relação e do suporte ao cliente”.
A empresa “dispõe de vários produtos para o sector MI de acordo com as necessidades especificas das entidades ou empresas nas suas viagens”, revela Paulo Henrique Cunha, salientando que são efectuados “anualmente acordos de colaboração com as empresas, tendo em conta a sua dimensão, para as viagens de negócios dos seus colaboradores”.
No que diz respeito aos incentivos, a TAP garante oferecer “condições preferenciais e flexíveis aplicadas às deslocações de grupos”. Para congressos, o produto que a companhia aérea está a vender passa por oferecer “descontos específicos” e reservas online. O evento também pode receber a atenção do site e da revista de bordo da companhia aérea.
Paulo Henrique Cunha realça que é complicado contabilizar exactamente quantos passageiros foram transportados pela TAP no sector de MI, mas estima que 35% do total usaram a companhia aérea para se deslocarem em negócios, sendo que este tipo de cliente cresceu 5% entre 2015 e o ano passado. Para 2017, o aumento deve ser semelhante, diz o mesmo responsável No final de 2016, a empresa registou um total de 11,7 milhões de passageiros.
A TAP está concentrada na “melhoria da sua experiência”, uma estratégia transversal a todos os segmentos, refere Paulo Henrique Cunha. “Desde a modernização, para garantir a competitividade e rentabilidade, através da aquisição de novos aviões, à renovação da frota actual, ao investimento num maior conhecimento do cliente”, a companhia aérea aposta “na segmentação e inovação do produto, na digitalização e na diversificação dos mercados, assente numa estratégia de crescimento, sobretudo na América do Norte”, adianta a mesma fonte.
Para o futuro, a TAP conta com um crescimento nesta área “ essencialmente nos mercados emergentes”, incluindo, no tráfego de incentivos, a Madeira e Açores, Europa, EUA, Nordeste do Brasil, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe.
Paulo Henrique Cunha salienta que a TAP tem uma “excelente relação” com os players do sector de MI, quer sejam “agentes de viagens, entidades ou empresas”. Para o responsável “há uma constante partilha de experiências e informações sobre negócios futuros para que, sempre que seja possível, a TAP possa oferecer produtos e serviços cada vez mais adequados às necessidades específicas deste segmento”, salienta.
A TAP está a aplicar um plano de negócios com fortes investimentos, desde que foi parcialmente privatizada. A companhia aérea criou a TAP Express, renovou a frota regional, lançou a ponte aérea entre Lisboa e o Porto e começou uma expansão no mercado norte-americano, com a abertura das rotas de Boston e Nova Iorque (Aeroporto JFK), aumentando também as frequências semanais para Newark e Miami. Assim, mais do que duplicou a operação semanal da companhia aérea portuguesa nos Estados Unidos da América.
No ano passado, a companhia aérea regressou aos lucros, com resultados positivos de 34 milhões de euros, apesar de uma quebra nas receitas, que totalizaram 2.242 milhões de euros, menos 156 milhões do que em 2015. Esta performance foi possível graças à redução de custos operacionais.
Alexandra Noronha