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Multilem com “portefólio vivo” na Web Summit Lisboa

Reportagem

05-04-2024

# tags: Stands , Multilem , Eventos , Feiras , Web Summit

Empresa de experiência de marca teve três projetos em simultâneo na conferência europeia de tecnologia e inovação.

A 8.ª edição da Web Summit em Lisboa, realizada de 13 a 16 de novembro, foi mais uma oportunidade para a Multilem apresentar, perante os mais de 70 mil participantes, o trabalho de parceiro criativo global que desenvolve no mercado dos eventos há mais de 37 anos.

Apex Brasil (com cerca de 225m2), Builder.ai (100m2, com double deck) e German Park (648m2) foram as três marcas, de três nacionalidades, que estiveram com a assinatura da Multilem na Web Summit.

A presença habitual da Multilem num dos mais importantes eventos mundiais de tecnologia, empreendedorismo e inovação é, para Filipa Silva, responsável pela coordenação da operação Multilem, indicativo do serviço “chave na mão” que oferecem. “Se os nossos projetos forem atrativos, se forem uma referência na feira, acaba por impactar também o público que visita, que poderão ser potenciais clientes e até players que muitas vezes não têm produção própria, só a parte criativa”, acrescenta.

O acompanhamento dedicado a cada cliente durante as feiras é, para a coordenadora da Multilem, outro ponto diferenciador. E explica o motivo: “Temos uma equipa que está a acompanhar o cliente em cada stand. Acho que cada vez mais os clientes têm que gerar negócio nas feiras e, portanto, precisam de ter estas empresas que lhes dão suporte e todo este backup in loco”.

As especificidades de cada cliente -novo ou antigo -são sempre estudadas antes de cada projeto, de forma a garantir que tudo corre bem. E exemplifica: “um cliente brasileiro prima pelo acabamento, também pelo serviço que é prestado. Um cliente alemão [prima] pela rapidez, agilidade, consistência, assertividade. E as equipas também são montadas olhando para o panorama do cliente”.


Apex Brasil -um stand inovador, sustentável e com foco na nacionalidade

Ana Fontes, diretora comercial do mercado Américas, foi a responsável pelo stand da Apex Brasil, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos.

A ação na Web Summit enquadra-se “no âmbito de um contrato anual (…) que engloba não só stands, como também eventos de qualquer dimensão. Pode ser um pequeno almoço para investidores em Paris, como pode ser um seminário para 1.500 pessoas na Rússia ou em Nova Iorque”, explica Ana Fontes.

Quando a Multilem recebeu o briefing para a participação na Web Summit, a equipa deparou-se, desde logo, com dois grandes desafios: “como superar” a “participação muito impactante” de 2020 e, “no seguimento da nova administração da Apex, uma preocupação em passar uma mensagem de sustentabilidade”.

O projeto para a Apex Brasil incluiu produção e montagem do stand, contacto do cliente com todos os organizadores e parceiros, apoio numa ação paralela com startups, entre outros trabalhos inseridos no serviço 360 característico da Multilem.

Ter um stand “sustentável” era umas das imposições da Apex Brasil e a Multilem deu continuidade ao “caminho” que tem vindo a percorrer “com muita assertividade” nessa área. Medidas sustentáveis na criação, produção e montagem de espaços para eventos é um serviço já oferecido de base pela agência e Ana Fontes sublinha que “os clientes cada vez mais pedem certificações e estão atentos às práticas” adotadas.

Comprar material “a um fornecedor que tem os selos de qualidade”, e tratá-lo “com o cuidado que merece”, tanto na montagem como na desmontagem do stand, “de forma a que “as caixas pudessem ser quase todas reutilizadas” ou “distribuídas internamente por pessoas que têm negócios familiares e por empresas locais”, são exemplos de práticas sustentáveis implementadas neste stand.

De acordo com a diretora comercial do mercado Américas, logo no momento da montagem da feira se percebeu que “é daqueles stands que vão ficar no portefólio, porque era muito diferente. Toda a gente passava e dizia, ‘Olha o Brasil! Já viste o Brasil?’”, lembra.

Segundo Ana Fontes, “o feedback foi mesmo muito bom de todas as partes e do próprio cliente”, que reconheceu como bem sucedida a missão inicial dada à Multilem: produzir um pavilhão inovador, sustentável e com foco na nacionalidade brasileira.


German Park -o desafio de reproduzir um típico parque alemão em Lisboa

O stand alemão German Park foi outro dos projetos da Multilem na Web Summit. Com o conceito “German Park -Creating Tomorrow Today”, o pavilhão tinha como objetivo apresentar os produtos e serviços da Alemanha e empresas alemãs, sob a marca “made by Germany”.

Após um briefing “muito frio e muito estanque” do governo alemão, próprio de um cliente institucional, o trabalho da Multilem começou por “tentar perceber a mensagem que a plataforma digital, o ecossistema digital alemão queria transmitir na Web Summit”, explica Nuno Castro, key account responsável pelo projeto.

“Quando conseguimos desconstruir o projeto, percebemos que a ideia era construir um parque no meio de uma feira. E depois percebemos que o parque alemão é um bocado diferente do nosso típico parque português”, acrescenta.

Recriar o típico parque alemão foi um dos grandes desafios -encontrar “as árvores certas” pretendidas pelo arquiteto alemão do projeto, com a obrigatoriedade de serem árvores “verdadeiras” e de espécies que no momento da realização da feira -em novembro -tivessem efetivamente vegetação.

Além das árvores, o parque alemão teria de ter “mesas corridas de madeira” e depois “uma coisa muito, muito alemã, que eu também não sabia que era assim tão característica -matraquilhos. Tivemos de arranjar uns matraquilhos XL, onde dava para estarem oito pessoas a jogar de cada vez”, conta.

Outro aspeto “muito característico num parque alemão”, e que foi pedido pelo cliente, foi terem uma coffee bike, uma bicicleta elétrica itinerante que vende café. “Foi um filme de terror arranjar uma bicicleta dessas cá em Portugal”, recorda, com humor, o key account. “E depois também tínhamos gelados e pipocas”, acrescenta. O pavilhão contava ainda com um baloiço, onde os visitantes podiam descansar e fazer networking.

No que diz respeito a práticas sustentáveis implementadas no projeto, foi dito “desde o início” pelo cliente que tinha de haver “uma preocupação gigantesca em termos de sustentabilidade e de que todos os materiais ou fossem reciclados ou pudessem ser reutilizados no futuro”.

“Outra questão muito importante foi a parte do pavimento”, já que sendo a Web Summit em Lisboa, o governo alemão “quis ter alguma associação a Portugal”. Todo o chão do stand era “em cortiça, em quatro tons diferentes”, com a obrigatoriedade de depois da feira ter “uma segunda, uma terceira vida garantida”.

O “curto espaço de tempo” para montar os 640 m² do stand, a “diferença cultural” entre portugueses e alemães e a gestão das startups com todo o contexto político, alterações e cancelamentos que envolveram a Web Summit foram outros dos desafios encontrados.


Builder.ai -em design vencedor, o cliente ainda não quis mexer

A Builder.ai, “que hoje em dia é um dos gigantes do desenvolvimento das apps para marcas muito relevantes” foi o único dos três projetos em simultâneo da Multilem na Web Summit que não foi institucional e “foi uma remontagem, pela terceira vez”, explica Teresa Barreto, diretora comercial do mercado Europa. “O design é nosso, o conceito é nosso, mas este stand não foi desenhado para 2023, foi desenhado para outra edição”, esclarece.

Cliente da Multilem desde a Web Summit de 2017, a Builder.ai é “uma empresa que fatura 250 milhões de euros” e que “tem crescido a uma velocidade vertiginosa”. O primeiro briefing, dado nessa altura, indicava que o pretendido era “pegar na essência da marca e passá-la para a forma física”.

“Quisemos passar a parte da solidez e de ser um serviço worldwide. A empresa nem sequer tem escritório. Já são centenas e centenas de colaboradores espalhados por todo o mundo, que acompanham os clientes muito de perto, mas online. Portanto, quisemos ir para a solução do contentor, que também traz esta história de que vai para todo o lado. E depois tendo ali uma componente de iluminação muito cuidada, através dos leds. E queríamos que fosse o mais clean possível, sólido e tecnológico”, recorda Teresa Barreto.

Neste stand da Builder.ai, as boas práticas de sustentabilidade passaram, sobretudo, “pelo cuidado no armazenamento e na manutenção” dos materiais, para poderem voltar a ser utilizados.

“O trabalho de desmontagem é mais desafiante do que o da montagem, porque temos muito menos tempo, e se queremos aproveitar os materiais, seja para reutilizar ou para lhes dar uma nova vida, não pode ser, diria, descuidado. Nós, para montar na Web Summit, temos seis dias. Para desmontar, temos um dia e meio. A magia para depois podermos reutilizar, não desperdiçar, evitar a compra de novos vidros, novas ferragens está tudo nas mãos dos desmontadores. São as pessoas que chegam no fim, quando a festa já acabou e o resto da equipa já está a pensar noutro projeto. Mas, efetivamente, no caso destes stands que se remontam, são eles as estrelas”, sublinha Teresa Barreto.