Jornadas do Protocolo: o universo das cerimónias presidenciais

# tags: Protocolo , Eventos , APOREP

Francisco Pimenta da Gama

Francisco Pimenta da Gama vai participar na 17ª edição das Jornadas Internacionais de Protocolo, que decorre a 29 de novembro, em Lisboa.

O antigo assessor da secretaria-geral da Presidência da República vai apresentar a sessão ‘Cerimónias na Presidência da República’, nas Jornadas Internacionais de Protocolo, evento da Associação Portuguesa de Estudos de Protocolo (APorEP).

Francisco Pimenta da Gama desvendou um pouco do que será a sua intervenção no evento, partilhando alguns aspetos relacionados com a sua experiência. Um deles prende-se com as cerimónias no Palácio de Belém, que se dividem em três grupos: as que são tratadas somente por Belém, que é o caso de uma audiência; as que são tratadas com outras instituições públicas, sendo cerimónias com corresponsabilidade; e as que são tratadas por terceiros, sem responsabilidade ou intervenção da Presidência, onde há apenas uma visita “preparatória”, para se saber por onde o Presidente da República entra ou sai, se vai falar ou não…

Um momento que Francisco Pimenta da Gama considera que poderá ser interessante é dar uma ideia à plateia de como seria se fossem convidados para uma cerimónia. “O que é que aconteceria se eu fosse convidado para uma cerimónia de cumprimentos ao corpo diplomático? Eu sou um diplomata. O que é que eu faço? E eu explico”, conta, adiantando que os exemplos podem passar pelas visitas de Estado ou audiências.

A audiência é a cerimónia mais simples; a complexidade de um evento aumenta à medida que se fala de uma tomada de posse, visita de Estado, visita papal ou do 10 de Junho. “As coisas mais importantes deste trabalho, que eu faço há 32 anos, são, no fundo, ter sempre um planeamento de tudo, um organigrama muito bem feito, ter muito cuidado com os pormenores que só nós profissionais é que notamos, mas que fazem com que uma cerimónia possa ter o brilhantismo que é necessário, e, outro aspeto essencial, o trabalho em equipa. Nada se faz sozinho.”

Ao longo do seu percurso, o orador aponta mudanças no seu trabalho. Conta que as cerimónias vão mudando e se ajustando à “maneira pessoal” do Presidente em exercício. Também nos dois anos de pandemia houve mudanças na forma de trabalhar, até porque as cerimónias foram drasticamente reduzidas.

“Normalmente, o 10 de Junho tem à volta de 300 pessoas. Penso que em 2020, no Mosteiro dos Jerónimos, estavam sete pessoas importantes, sete cadeiras distanciadas dois metros e meio umas das outras, e não havia mais ninguém. Não houve cerimónia militar, não houve banquete que o Presidente dá sempre no Dia de Portugal aos embaixadores…”, explica.

Além disso, Francisco Pimenta da Gama tinha reuniões com profissionais da área Saúde, essenciais, segundo o Presidente da República, no antigo Museu dos Coches, com uma mesa de 16 por 16 metros, “um quadrado monumental”, para 25 pessoas, respeitando o distanciamento de dois metros e meio. “Agora já voltamos à antiga, à normalidade”, frisa.

Francisco Pimenta da Gama vai partilhar parte da sua experiência na 17ª edição das Jornadas de Protocolo, que decorre a 29 de novembro, em Lisboa, e que tem como tema ‘Desafios do Protocolo atual: das cerimónias oficiais aos eventos empresariais’. As inscrições estão abertas até 23 de novembro. Mais informações aqui.