Associação de Profissionais dos Espetáculos e Eventos pede inquérito sobre Festival Sol da Caparica
23-08-2022
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O objetivo é esclarecer eventuais problemas que terão acontecido no Festival Sol da Caparica, que foi alvo de várias críticas de artistas.
A Associação Portuguesa de Profissionais dos Espetáculos e Eventos (APPEE) pediu à tutela da Cultura e ao município de Almada a realização de um inquérito para apurar eventuais problemas no Festival Sol da Caparica, escreve a Agência Lusa. A associação, em carta aberta, alerta para a necessidade de esclarecer a opinião pública, no seguimento de queixas de vários artistas e do público.
Segundo a APPEE está em causa a credibilidade dos profissionais e artistas, e de toda uma classe de trabalhadores. "Temos o dever de manifestarmos a nossa solidariedade com todos os profissionais e artistas que se viram afetados por estes acontecimentos, e relembramos que estes profissionais viram as suas vidas canceladas e procuram retomar esforçadamente as suas atividades depois de dois anos volvidos sem que à vasta maioria destes trabalhadores independentes fossem atribuídas as condições de elegibilidade para beneficiarem de adequados apoios do Estado", lê-se no documento.
A associação solicita ao ministro da Cultura, “que seja promovido um inquérito para o apuramento de todas as circunstâncias que originaram o enorme ruído mediático que permanece no seio da opinião pública, pelo que entendemos que esse inquérito deve ser estendido ao Município de Almada, por ser um dos principais promotores do evento, e que oportunamente sejam tornadas públicas as conclusões do mesmo, após inquirição dos vários intervenientes".
Lembre-se que o festival, organizado pelo Grupo Chiado, decorreu em agosto, na Costa da Caparica, e esteve nas notícias por críticas de vários artistas, The Legendary Tigerman, Miguel Ângelo ou Os Quatro e Meia, bem como do público.
Questionado sobre a carta aberta, o Grupo Chiado respondeu à Lusa que o evento esgotou todos os dias e que isso “cala os que injustamente criticam" de uma forma que classifica de "ínvia e injusta". A empresa censurou ainda a associação, que diz ser desconhecida, por "colocar em causa o profissionalismo dos seus próprios Colegas de trabalho".