IBTM World Trends Report: “2024 será um ato de equilíbrio”
28-12-2023
# tags: Tendências , Eventos , IBTM World , Acessibilidade , Meetings Industry , Tecnologia
Da autoria de Alistair Turner (Eight PR & Marketing), a IBTM World apresentou o seu relatório de tendências, que defende que o próximo ano será de “um ato de equilíbrio”.
“2024 será um ato de equilíbrio em muitos aspetos diferentes. Na nossa indústria, temos de equilibrar o crescimento responsável com uma lista de tarefas cada vez maior de ambições éticas e ambientais que contribuem para um setor mais robusto e sustentável. Ao mesmo tempo, temos de encontrar o equilíbrio entre a adoção em massa da tecnologia, sobretudo da IA [inteligência artificial], e a necessidade de oferecer experiências significativas aos nossos delegados”, lê-se na conclusão do IBTM World Trends Report.
O relatório frisa que é preciso “equilibrar a necessidade de reunir as pessoas, de lhes dar agendas personalizadas”, fazendo, ainda assim, com que sejam reconhecidas de forma coletiva, e que, em termos globais, os líderes têm de equilibrar “a necessidade de proteger os seus cidadãos e, ao mesmo tempo, influenciar o mundo de forma positiva”.
O relatório anual da IBTM World aborda alguns dos maiores problemas macroeconómicos, políticos, ecológicos e tecnológicos da próxima geração, que afetam a indústria das reuniões e eventos em 2024. Os temas centrais incluem a influência da IA no setor, a importância crescente da acessibilidade, desde a física à sensorial e intelectual, e as perspetivas económicas para as empresas que trabalham na indústria.
O relatório abrange ainda as perspetivas globais, explorando a mudança de uma economia do Atlântico para uma economia do Pacífico, as complexidades do Médio Oriente e de África e a potência da região Ásia-Pacífico. Também analisa as fortunas das indústrias verticais, desde os desportos aos produtos farmacêuticos, e a forma como a dinâmica destas indústrias está a ter impacto nas despesas com reuniões e eventos.
“Quanto mais o público falar com o evento, mais o evento se adapta a ele”
De acordo com Alistair Turner, autor do IBTM World Trends Report, “não é um eufemismo dizer que 2024 será um dos anos mais importantes do século XXI”. E acrescenta: “As perspetivas económicas, políticas e ecológicas do nosso planeta estão no fio da navalha e o advento da IA pode alterá-las de várias formas. A nossa indústria tem uma palavra crucial a dizer nestes resultados e o relatório deste ano procura compreender qual deve ser esse papel e como podemos agir para criar ambientes positivos em torno das maiores conversas do nosso tempo.”
O relatório indica que hoje, “mais do que nunca, o frente a frente é fundamental” e que “os grandes problemas não podem ser resolvidos à distância, precisam de colaboração e de trabalho de equipa”. Assim, “temos de nos erguer ainda mais como uma solução global para os problemas humanos”.
Entre os temas em análise está a nova ‘Generation Me’. Neste capítulo, o IBTM World Trends Report aborda a hiperpersonalização, o papel da acessibilidade e as questões relacionadas com a segurança individual, na criação de experiências, eventos e reuniões.
“A um nível macro, fala-se muito sobre o papel da IA nos negócios, na indústria, no governo, na nossa vida pessoal e, claro, nos eventos”, aponta o relatório, que exemplifica as vantagens, no universo dos eventos, com o reconhecimento facial instantâneo, “em que os delegados entram num evento juntamente com milhares de outros, sem filas de espera”, a seleção cuidada de conteúdos, as reações monitorizadas “para acompanhar o sentimento”, e a mudança de menus e agendas conforme a IA aprende as preferências e as motivações dos delegados. E “quanto mais o público falar com o evento, mais o evento se adapta a ele”, em termos de acessibilidade, preferência, equidade e bem-estar, por exemplo.
Contudo, “a tecnologia está a colocar alguns dos maiores desafios existenciais que a humanidade alguma vez enfrentou”. E, aqui, e uma vez mais, “a indústria dos eventos apresenta-se como uma solução para um problema global”, sendo o espaço para se abordar esta questão, “cara a cara, de pessoa para pessoa”, apresentando-se também como “o fornecedor de um antídoto de baixa tecnologia para um mundo demasiado tecnológico”.