North Festival com um impacto económico de 22 milhões de euros

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03-06-2024

# tags: Festivais , Eventos , Porto , North Festival

A edição deste ano do North Festival acolheu 65 mil festivaleiros ao longo dos três dias de evento e teve um impacto económico de 22 milhões de euros.

Pela primeira vez, o North Festival teve lugar no Parque de Serralves, entre 24 e 26 de maio. O evento recebeu nos três dias 65 mil festivaleiros, que se deslocaram sobretudo dos concelhos de Braga (22,3%), Lisboa (12,6%) e Aveiro (9,7%), segundo o estudo realizado no recinto pelo ISAG – European Business School e pelo Centro de Investigação em Ciências Empresarias e Turismo da Fundação Consuelo Vieira da Costa (CICET-FCVC), com 951 inquiridos.

O estudo adianta que 18,4% dos festivaleiros tinham nacionalidade estrangeira, destacando-se o Brasil (52,6%), Espanha (9,1%) e ainda a Alemanha (4,6%) como os principais países de origem.

Entre os visitantes que se deslocaram de outros concelhos e do estrangeiro, 85,4% indicaram ter vindo ao Porto propositadamente para o North Festival, aproveitando para descobrir a cidade com a visita ao centro histórico do Porto (34,3%), para realizar atividades gastronómicas (22,0%), para visitar monumentos/museus (15,2%), para fazer compras (14,9%) e para realizar atividades na natureza/ao ar livre (13,6%), entre outras.  

Os visitantes pernoitaram na cidade do Porto, em média, três noites, em hotel (30,2%), casa de amigos ou familiares (25%) ou alojamento local (22,7%). Por dia, o gasto médio na cidade do Porto foi de 433,09€. As deslocações e viagens foram as despesas diárias mais significativas (131,80€), seguindo-se o alojamento (88,06€), a participação em momentos de cultura ou lazer (67,03€), as refeições (65,85€) e as compras ou presentes (55,96€).

Dentro do recinto, o gasto médio diário por pessoa (residentes, visitantes nacionais e internacionais) foi de 43,71€, sem contar com a aquisição do bilhete.

North Festival conquistou novos públicos


O North Festival conseguiu conquistar novos públicos e, dentro dos inquiridos, 83,6% afirmaram estar a conhecer o evento pela primeira vez e, dentre estes, 80,7% optaram por adquirir bilhete diário. Segundo o estudo, os festivaleiros atribuíram a maior importância à possibilidade de ouvir música ao vivo e ao entretenimento e diversão proporcionados pelo festival (ambos com 4,5 valores numa escala de 0 a 5).

A vontade de assistir aos concertos das bandas ou artistas nacionais e internacionais, bem como a apreciação da atmosfera do festival foram também valorizadas (4,4). A socialização com a família ou amigos e a fuga da rotina foram igualmente motivos relevantes na escolha do festival (4,3).

O estudo acrescenta que o nível médio de satisfação global com o festival situou-se nos 4,3 valores, com destaque para a localização e para as bandas e artistas (4,3). A organização do festival, a cenografia e a restauração registaram uma média de 4,2 valores.

Nesta edição, o North Festival manteve as práticas sustentáveis, salientando-se a associação à Re-Food, que visa combater o desperdício alimentar. O estudo indica um nível médio de satisfação de 4,3 valores para a parceria com a Re-Food e de 4,2 valores para a utilização exclusiva de copos reutilizáveis. No que toca às iniciativas de sustentabilidade ambiental, a classificação geral fixou-se nos 4,2 valores.

Os visitantes evidenciaram o impacto do North Festival para a promoção da cidade do Porto (4,4) e destacaram também o contributo do festival para a diversidade de experiências culturais (4,3) e o desenvolvimento da identidade da cidade e do amor – brand love – associada ao Porto (4,2).

No geral, a experiência no festival superou as expectativas (4,1). Os festivaleiros revelaram ainda a intenção de voltar e de passar a palavra (4,2).

O estudo indica que 61,7% do público era do género feminino, com um nível de habilitações académicas de, pelo menos, licenciatura (70,3%); 79,4% dos festivaleiros referiu estar profissionalmente ativo. A média de idades das pessoas que passaram pelo North Festival situou-se nos 33 anos.