‘Reativar o Turismo. Construir o Futuro’ com forte implementação
11-07-2022
O plano de ação ‘Reativar o Turismo. Construir o Futuro’ tem 78% das medidas já com iniciativas lançadas.
Um ano depois do lançamento e aprovação em Conselho de Ministros, o Turismo de Portugal fez o balanço da implementação e desenvolvimento do plano de ação ‘Reativar o Turismo. Construir o Futuro’. O presidente do Turismo de Portugal, Luís Araújo, deu conta que, das 52 medidas constantes do plano, 40 têm já iniciativas lançadas ou em curso.
Desta forma, o plano tem uma implementação acima de 78%, a que corresponde um investimento em termos de medidas lançadas de 2,1 mil milhões de euros, cerca de 36% da dotação inicial do plano (seis mil milhões de euros), explica o Ministério da Economia, em comunicado.
Acrescenta que, deste montante, 825 milhões de euros foram disponibilizados às empresas nos diversos pilares de atuação do plano em medidas como a Linha de Apoio ao Turismo, Linha de Apoio à Qualificação da Oferta (reforço), Linha de Apoio a Tesouraria de MPE (reforço), os programas Banco Português de Fomento Recapitalização estratégica e Consolidar, Programa Transformar Turismo, Programa Adaptar Turismo, Portugal Events e Programa Portugal Ventures call for tourism.
Vários exemplos de programas e iniciativas
De referir que o Selo Clean &Safe, que entrou numa outra fase de desenvolvimento, em parceria com a Direção-Geral da Saúde e a Nova Medical School, conta já com cerca de 22.300 entidades aderentes. Nesta nova versão, o selo dota as empresas de capacidade de reação rápida a potenciais crises de saúde pública ou outras possíveis situações de risco decorrentes de fenómenos extremos e/ou de constrangimentos internacionais.
Das ações lançadas especificamente orientadas para a comercialização de produtos turísticos diferenciados, o comunicado salienta o lançamento do Portuguese Wine Tourism (enoturismo) e o Portuguese Books (turismo literário), para além das iniciativas lançadas ao nível do turismo de saúde.
O plano de ação contempla também a campanha internacional de promoção de Portugal enquanto destino turístico ‘Time to Be’, desenvolvida em 2021, que está focada, sobretudo, nos mercados que demonstraram abertura para viagens turísticas e oportunidade de crescimento. A campanha internacional impactou mais de 80 milhões de pessoas em seis mercados.
Destaque ainda para o Programa Empresas Turismo 360°, que incentiva as empresas a reportarem o seu desempenho em sustentabilidade através da integração dos fatores ESG – Environmental, Social and Governance na cultura organizacional e na estratégia de negócio. Já aderiram ao programa 74 empresas de diferentes dimensões e com atividades nas áreas do alojamento, restauração, animação, termas, agências de viagem e rent-a-car, que representam no total um volume de negócios de cerca de dois mil milhões de euros e um universo superior a 15 mil trabalhadores.
Também o projeto Formação +Próxima está enquadrado no plano de ação, que visa descentralizar a formação em turismo, adaptando-a às necessidades locais por todo o território nacional. O projeto já formou mais de 3.500 trabalhadores de 85 municípios com quem o Turismo de Portugal estabeleceu protocolos de cooperação e colaboração.
Estes são alguns exemplos das iniciativas e programas que integram o plano ‘Reativar o Turismo. Construir o Futuro’; ações que estão já em curso. A execução do plano pode ser consultada aqui.
Plano é um ‘instrumento poderoso’
O Turismo de Portugal fez o balanço do plano de ação ‘Reativar o Turismo. Construir o Futuro’, numa sessão presidida por António Costa e Silva, ministro da Economia e do Mar, e que contou com a presença de Ana Abrunhosa, ministra da Coesão Territorial, Rita Marques, secretária de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, e Luís Araújo, presidente do Turismo de Portugal.
No decurso da sessão, António Costa e Silva salientou “a importância para Portugal de termos um setor do turismo em plena atividade o mais rapidamente possível, pois o seu efeito irá fazer-se sentir também num conjunto vasto de outros setores da nossa economia”. Considerou ainda que o plano é um instrumento poderoso para esse efeito e manifestou-se confiante numa boa execução do mesmo.
Por seu lado, Rita Marques enfatizou a necessidade de o setor aproveitar a oportunidade que o plano proporciona às empresas nacionais do turismo, “para que, definitivamente, enveredem pela dupla transição verde e digital, de modo a se ajustarem às necessidades e exigências dos novos turistas e se tornarem mais resilientes a choques conjunturais, como aqueles que vivemos nestes dois últimos anos”.
O plano de ação ‘Reativar o Turismo. Construir o Futuro’ foi aprovado em Conselho de Ministros em junho de 2021, com o intuito de ser um guião orientador para o setor turístico, público e privado, cujas ações estão totalmente integradas com os objetivos do Plano de Recuperação e Resiliência e da Estratégia Portugal 2030, assegurando assim uma estratégia concertada para a retoma da economia nacional.
O plano prevê o investimento de seis mil milhões de euros até 2027, através de 52 medidas distribuídas por quatro pilares, com especial enfoque nas empresas e pessoas (colaboradores, residentes e turistas). E tem como objetivo ultrapassar os 27 mil milhões de euros de receitas turísticas em 2027 de uma forma sustentável, gerando riqueza e bem-estar em todo o território, ao longo de todo o ano e apostando na diversificação de mercados e segmentos.