Congresso da APECATE: balanço positivo e novidades para 2025

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António Marques Vidal faz um balanço “extremamente positivo” do 12º congresso da APECATE. E já há novidades para o próximo ano.

A APECATE (Associação Portuguesa das Empresas de Congressos, Animação Turística e Eventos) esteve reunida em congresso a 25 e 26 de novembro, em Tomar, e o balanço é bastante positivo, tanto ao nível do programa como ao nível das relações institucionais.

De acordo com António Marques Vidal, presidente da APECATE, “recebemos muitos feedbacks positivos dos nossos associados”, que dizem que os programas apresentam, cada vez mais, temas “que eles consideram importantes e que lhes dão resposta aos seus problemas específicos, mas sempre numa perspetiva de construção, numa perspetiva de encontrar soluções”.

O presidente da direção da APECATE acrescenta, em declarações à Event Point, que o congresso foi positivo também ao nível das relações institucionais, quer com entidades públicas, quer com parceiros privados, destacando as associações parceiras. “Este congresso também serviu para reforçar mais linhas de colaboração e, mais até, partilhas de estratégias”, indica.

Ao nível de participação, António Marques Vidal reconhece que ficaram “aquém dos objetivos”. Explica que o congresso da APECATE não costuma realizar-se nesta altura, perto do final do ano, o que “foi fruto de uma série de circunstâncias que decorreram em 2024”.

Mas já há novidades para 2025. O congresso da APECATE vai decorrer nas datas tradicionais, entre março e abril, e vai ter lugar na ilha Terceira, nos Açores. A saber também que o congresso do próximo ano vai ser feito em parceria com um dos eventos que o Turismo dos Açores costuma desenvolver, juntando dias “de lazer e de conhecimento”.

No congresso de 2025 é certo que vai ser abordado o turismo de natureza. “Vamos ter um painel, ou mais, dedicado ao turismo de natureza”, apesar de não estar ainda fechada a abordagem ao tema. Neste último congresso, “abordamos no sentido de haver uma melhor articulação entre as entidades públicas e as entidades privadas”.

Nos Açores, “o turismo de natureza está mais desenvolvido e tem um enquadramento legal ligeiramente diferente, para melhor”, que se tem revelado “mais adequado, quer à atividade das empresas, quer ao valor fundamental que é a proteção da natureza”. É, portanto, uma temática a explorar.

Registo de Eventos para breve e apoio da APECATE no IVA e IA

Entre os principais destaques do 12º congresso da APECATE está a sessão de abertura, já que foi lá que Pedro Machado, secretário de Estado do Turismo, partilhou que o Registo Nacional de Eventos “está para muito breve”. Este é um processo “extraordinariamente importante”, já que pode facilitar o apoio e a rapidez nos pedidos de devolução do IVA.

Outro momento que António Marques Vidal realça é o painel dedicado à fiscalidade, que impulsionou a APECATE a criar uma espécie de consultoria “para ajudar as empresas nos seus problemas fiscais com o IVA”.

Além disso, “e embora o setor já utilize bastante”, a APECATE vai criar também “ferramentas para ajudar as empresas com o domínio da IA [inteligência artificial]”. Estes são “momentos importantes, porque iniciaram um novo processo de resposta às necessidades dos associados”, sublinha.

António Marques Vidal aponta ainda “o compromisso cada vez maior das entidades políticas para com os nossos processos reivindicativos, em que, cada vez mais, há sensibilidade para olharem para o detalhe, porque já se percebeu que decisões nacionais num país que é tão diferente têm que ter capacidade de ajustamento regional”.

Lembra que, além da tutela do Turismo, o secretário de Estado do Ambiente, Emídio Sousa, também participou no congresso, além de o presidente da Iniciativa Liberal, Rui Rocha, ter marcado presença no evento – o que revela, para o presidente da APECATE, que os partidos começam a preocupar-se com estas situações.