A aposta no digital como forma de comunicação
08-10-2020
“Os desafios impostos pelos meses de quarentena obrigaram‑nos a repensar e a adaptar a nossa comunicação, nomeadamente no que diz respeito à participação e realização de eventos. Na BP procurámos acompanhar as tendências do contexto e apostar no digital como forma de comunicação com os nossos públicos internos e externos”, começa por explicar Anabela Silva, diretora de Marketing e Comunicação Externa da BP Portugal, dando o exemplo da Convenção de Rede de Retalho, um evento interno com uma componente externa, que é para a empresa “um momento muito importante” para garantir o alinhamento de mensagens e objetivos entre todas as partes do negócio. “Por se tratar de um evento para mais de 500 pessoas teve de ser obrigatoriamente repensado, tendo sempre em mente a importância de não quebrar e continuar a estimular o contacto entre todos.” E, aqui, as redes sociais foram um “canal de excelência” para manter o contacto e prevenir perdas de informação e motivação, acrescenta Anabela Silva, adiantando não ter sido necessário recorrer a apoio externo no desenvolvimento de soluções virtuais. E o feedback foi “bastante positivo”.
A empresa vê inúmeras vantagens na realização de eventos virtuais, nomeadamente no que toca à possibilidade de reunir pessoas de diferentes partes do mundo sem necessidade de deslocação. “Por sermos parte de uma empresa global, estamos há muito habituados a assistir a eventos virtuais feitos a partir da nossa ‘casa‑mãe’ no Reino Unido e reconhecemos, por isso, o seu valor.” Mas o facto de não estarem reunidos no mesmo espaço é também uma desvantagem, “uma vez que a componente de contacto ‘one‑to‑one’, tão importante nas equipas e na relação com os stakeholders, é inexistente quando em ambientes digitais”.
Voltar aos eventos presenciais é algo que a companhia espera conseguir num futuro o mais próximo possível, “pois não acreditamos que este tipo de contacto seja prescindível, de todo”. Mas, em linha com todas as recomendações das entidades de Saúde, “tal acontecerá apenas quando as garantias das condições de segurança forem asseguradas por completo, pois essa é sempre a nossa prioridade”, frisa Anabela Silva.
Serão então os eventos totalmente virtuais ou híbridos uma solução para o futuro? “Sim, sem dúvida, mas sempre como um complemento e nunca como substituto”, sublinha. E conclui: “Este foi um momento importante para que todos percebessem que é possível existir diálogo no digital, mas tal não significa que a componente presencial deixe de ser uma parte essencial para alguns negócios, em particular para a BP, onde o network é uma das peças‑chave para o sucesso. Terão que existir novas formas de pensar os eventos presenciais, para que estes continuem a ser momentos únicos e diferenciadores, para que possam ser desejados pelo público e competitivos para as empresas continuarem a considerá‑los nas suas escolhas.”
Maria João Leite