Associações de eventos, festivais e cultura pedem ao Estado que mantenha orçamentos

07-04-2020

As associações APECATE (Associação Portuguesa das Empresas de Congressos, Animação Turística e Eventos), APEFE (Associação de Promotores de Espetáculos, Festivais e Eventos) e Aporfest (Associação Portuguesa de Festivais de Música) reuniram-se para apelar a medidas concretas de apoio ao setor, nomeadamente a manutenção de orçamentos pelo setor público.

Num comunicado, as entidades apelaram à “inclusão dos sócios gerentes para o apoio ‘lay-off’, uma vez que a área prevê que o presente ano e o ano de 2021 estejam totalmente comprometidos”. As associações sublinharam depois a importância da “manutenção dos orçamentos dos setores públicos para os eventos e a cultura”, bem como a “injeção de dinheiro nestas empresas, que foram as primeiras a fechar a atividade e serão, muito provavelmente, das últimas a retomar a mesma”.

“Os nossos setores estiveram sempre na primeira linha para ajudar a sociedade em momentos de crise organizando e participando eventos de angariação de fundos ‘pro bono’ em situações difíceis, agora temos todos de nos ajudar”, lê-se na mesma nota.

A associações chamam a atenção para o “cenário dramático” que vivem estes setores, “com a APECATE a anunciar mais de 300 milhões de cancelamentos e empresas 100% fechadas até setembro, a APEFE a destacar que são mais de 100 mil postos de trabalho afetados e mais de 25 mil espetáculos e festivais com entradas pagas cancelados ou adiados, apenas no período de 8 de março a 31 de maio, e a APORFEST com festivais/iniciativas canceladas ou adiadas desde 4 de março”, de acordo com a informação divulgada.

As entidades recordam que os profissionais destas atividades “viram a sua única fonte de receita suspensa ‘sine die’” tendo decidido reunir-se para “encontrar soluções alternativas para enfrentar a crise que o setor atravessa com o total desaparecimento das fontes de rendimento dos promotores, prestadores de serviço e artistas, culminando no encerramento de diversas empresas”.