Casamentos: O futuro pede experiências e fatores “uau”

28-04-2021

Sessão paralela: “Paixão ou razão: o novo paradigma dos casamentos”.

Participantes: Moderador ‑ Rui Mota Pinto (Pop Up Weddings Destinations); Paulo Pinto (Imppacto); e Luís Cordeiro (Business Unlimited).

O futuro dos casamentos pode passar por proporcionar experiências diferentes e por conter um fator ‘uau’ que pode tornar o casamento num momento memorável para todos.

“O casamento é, e será sempre, uma festa de emoções”, de contacto, onde a intimidade está presente, começou por referir Rui Mota Pinto. Mas, hoje em dia, há novos paradigmas e comportamentos. E a mudança em alguns conceitos é evidente. Luís Cordeiro, especialista nas neurociências do consumo e gestão de emoções, exemplificou com a normalidade com que antes nos beijávamos e abraçávamos. E, agora, “quererei voltar a beijar e a abraçar tudo e mais alguém? Essa é uma enorme questão.” E, com todas as mudanças, como é possível a reinvenção?

Para Paulo Pinto, “temos de nos adaptar a esta nova realidade”, esperando que vá desaparecendo com o tempo. “Mas, nesta fase, está a ser algo difícil.”

É, por isso, importante pensar como se pode tornar inesquecível um casamento e a solução poderá passar pela experiência, por um fator ‘uau’. “Para mim, um evento tem de ter um fator ‘uau’. É indispensável”, afirmou Rui Mota Pinto. Luís Cordeiro esclareceu que “proporcionar experiência, mexer com emoções, deixar sentimentos enraizados é fundamental e é o que as marcas hoje em dia procuram para fidelizar clientes”.

Paulo Pinto está convencido que é preciso manter a “comida de conforto, porque o português gosta de sentar‑se à mesa e de ter o tal cheirinho que vem do prato”. Mas é preciso ir mais longe. “Tem de ser uma experiência gastronómica.” A fartura à mesa tem de continuar, mas “de uma outra forma”, na apresentação, no serviço, no conceito, de maneira a criar emoção. Um novo desafio para as empresas de catering, para que “a tal experiência e o cheirinho” não fiquem para trás.

Até ao final do painel, falou‑se ainda do conceito de ‘slow wedding’, da forma como os venues se estão a adaptar a esta nova realidade e até do reforço da aposta no mercado nacional. “O português também quer experiências novas, diferentes, já não quer aquele casamento típico”, lembrou Paulo Pinto, acrescentando: “Há uns anos, os casamentos portugueses quase não tinham um wedding planner. A noiva, a madrinha, a mãe, a tia é que tratavam de tudo. Hoje em dia, não. A mentalidade já mudou completamente.”

Paulo Pinto adiantou que “as experiências vão ser o futuro disto” e que, cada vez mais, “vamos valorizar o que temos cá, vamos valorizar o que é nosso”. Para Rui Mota Pinto, “hoje, mais do que nunca, nós precisamos de todos, nós precisamos de estar juntos”, sendo importante a comunicação do destino e “do que é nosso”, concluiu.