“Os pequenos e grandes milagres que estes profissionais fizeram ao longo deste ano são incríveis”

28-04-2021

No rescaldo de um dia intenso, Gonçalo Castel‑Branco esteve encarregado de partilhar um primeiro balanço do REINVENT.

O curador destacou, em primeiro lugar, “a fenomenal resiliência e adaptabilidade deste setor” e que também por isso “deve ser levado mais a sério”. “Acho que nós somos um case‑study em muita coisa, e que muitas vezes as pessoas não se apercebem. Há um bocado, num dos painéis, falávamos da questão das mulheres. Somos dos setores mais inclusivos que existem no nosso país, somos dos setores mais seguros para mulheres trabalharem. Em Portugal é seguro para uma mulher ir a um evento”, sublinhou Castel‑Branco.

A relevância do setor e o impacto que este tem é impressionante, mas o curador prefere lembrar que “os pequenos e grandes milagres que estes profissionais fizeram ao longo deste ano são incríveis”. “Não há grupo de pessoas que mais batalhou, com a excepção, naturalmente, dos nossos médicos e etc..., nunca baixando os braços, inovando, arrojando.”.

O tom do evento foi algo que agradou especialmente. O que é que o setor pode fazer para estar bem preparado para a recuperação que aí vem, mas também estar preparado para nunca mais ser confrontado com uma situação como esta. “Há aqui um entendimento de que juntos somos mais fortes, que, mais do que as palavras que são vagas e que se dizem nestas alturas, estas pessoas entendem que juntos somos mais fortes e que a única maneira de sobreviver a isto é apoiando‑nos uns aos outros”, dsse. E isso consubstancia‑se no seguinte: “Clientes não deixando cair agências, agências não deixando cair fornecedores, fornecedores não deixando cair talento.” E mais do que exigir apoios, “há um tom aqui de isto é sobre nós, se alguém vai sair disto somos nós, e se vamos fazê‑lo é com o nosso trabalho e é juntos. E isso é muito bonito”.

E à resiliência junta‑se a coragem. “Não há ninguém nesta indústria inteira que tenha passado por isto incólume. Ninguém! E chegarmos aqui e ainda termos a capacidade de olhar uns para os outros com coragem para o que aí vem. Ainda não é 21, é 22. Não é 22, é 23, mas é para a frente, é a trabalhar, é a tentar, a testar, a conquistarmos a confiança uns dos outros”, terminou.