Rita Marques: “O futuro do turismo passa pelos eventos”

28-04-2021

“A organização de eventos é um dos ativos estratégicos do turismo português e, nessa perspetiva, sabemos que o futuro do turismo passa, naturalmente, por esta subatividade.”

Estas palavras são de Rita Marques, secretária de Estado do Turismo, na abertura do REINVENT the event.

A governante acrescenta que “este segmento já se tinha tornado um pilar da estratégia turística nacional”, pois confere ao país uma “enorme visibilidade nos mercados emissores”, permite mostrar “o que temos de melhor” e, com isso, “captar mais turistas e continuar a crescer sustentadamente”.

Rita Marques referiu o lançamento de um programa de financiamento que visa impulsionar a realização de eventos em Portugal, “contribuindo assim para melhorar a nossa imagem e notoriedade, dinamizando a oferta e a procura”. É um programa de financiamento que vai trabalhar especificamente a atração de eventos para Portugal.

“Muito em breve serão conhecidos os detalhes”, afirmou, acrescentando que o programa – para micro, pequenas e médias empresas – vai apoiar eventos de grande dimensão internacional e outros de dimensão menor, mas que também sejam relevantes para o aumento da notoriedade da região onde se desenvolvem. Este novo mecanismo de apoio “vai ser um facilitador para a angariação de eventos de projeção internacional, que continuem a manter Portugal como um destino competitivo na atração destes eventos”.

“Temos índices elevados de competitividade”

A secretária de Estado do Turismo recordou que recentemente Portugal ocupava uma posição interessante no ranking da ICCA, relativamente ao número de eventos internacionais, por cidades e por países. Um fator que também mostra que “temos índices elevados de competitividade para acolher eventos e que nos devem dar confiança em relação ao futuro”.

Rita Marques sublinhou ainda o esforço que tem sido feito “para tentarmos ultrapassar esta fase muito difícil”; esforço esse que tem sido “correspondido em dobro por parte das empresas”. E que, mais importante do que tudo, “o fundamental tem sido a resiliência, a resistência, a criatividade das nossas empresas, que têm tentado superar estes tempos difíceis”.

Lembrou os apoios governamentais que têm surgido para tentar dar resposta às necessidades específicas do setor e da importância de trabalhar com os players para melhorar estes apoios, “de modo a garantir que, aquando da tão desejada retoma, possamos ter as nossas empresas capitalizadas e com a necessária força para acolher todos aqueles que nos querem visitar”.

Rita Marques abordou ainda o plano – “um plano ambicioso” – para a retoma do setor do turismo, que assenta em vários pilares, “que passam, naturalmente, por assegurar instrumentos de capitalização para as nossas empresas; promover a requalificação e inovação na oferta turística, designadamente também no subsetor de eventos; reforçar as competências e as qualificações dos nossos trabalhadores”, bem como “promover uma maior sustentabilidade e uma maior digitalização das nossas empresas”.