Uma tour pela tradição conserveira
10-11-2021
A Pinhais, uma das mais antigas conserveiras nacionais, com mais de cem anos de história, inaugurou um Museu-Vivo com o objetivo de contribuir para a conservação e valorização do legado da indústria conserveira, e que promete ser um produto turístico de sucesso em Matosinhos. O ‘Conservas Pinhais Factory Tour’ é um espaço imersivo que mostra as várias fases de produção das conservas da empresa. Desde a seleção do peixe, ao enlatamento, os visitantes podem acompanhar o processo, isto porque o tour decorre em plena fábrica da Pinhais. Este processo mantém-se inalterado desde a fundação da Pinhais.
Tudo começa com a Dona Paula e a Dona Emília a fazerem a primeira seleção do peixe, através do cheiro e do aspecto. O peixe é depois colocado durante 30 minutos em tanques de água com sal para ganhar sabor, transitando depois para uma estrutura de mármore onde é feito o corte, retirada a cabeça e a tripa. Faz-se, então, uma nova seleção da sardinha e as que têm boa qualidade são colocadas numa grelha vertical para serem cozidas a vapor entre 5 a 12 minutos a 110 graus. Ao mesmo tempo, algumas senhoras cortam pepino, cenoura e outros ingredientes que vão ser usados nas conservas. O processo de enlatamento é uma espécie de tetris ou de puzzle. As sardinhas são colocadas engenhosamente nas latas e depois é adicionado o azeite e fechada a lata.
A visita, uma autêntica viagem no tempo, passa pelos antigos escritórios e sala da direção. E termina com uma degustação e uma passagem pela loja que reúne conservas e peças de coleção.
O Museu-vivo dirige-se à comunidade local, mas também turistas nacionais e internacionais por ser algo único e autêntico. “O ‘Conservas Pinhais Factory Tour’ trata-se da materialização de um sonho antigo da Pinhais, de preservar o legado da indústria conserveira para as gerações futuras. Acreditamos desta forma estar a contribuir para a sustentabilidade e valorização da indústria e a proporcionar uma experiência absolutamente inédita num Museu-Vivo e em pleno funcionamento.”, realça Patrícia Sousa, diretora de marketing da Pinhais. A responsável acrescenta ainda que “Por estes motivos, consideramos que este conceito de Museu-Vivo só faz sentido existir na Pinhais que, além do espólio, arquitetura e filosofia, se orgulha de manter, desde 1920, um método tradicional raro em toda a sua produção, representando a génese do setor, tal como era há 100 anos”.