Vida de eventos: Paulo Magalhães
08-07-2020
Foi Campeão Nacional de Dance Music e representou Portugal no Campeonato da Europa na Alemanha, em 1989. Estudou em Londres e trabalhou com Ricky Martin e Enrique Iglésias.
Já em Portugal, foi durante vários anos bailarino do “Chuva de Estrelas”, até que percebeu que tinha potencial e criatividade para voos mais altos e decidiu criar a sua própria empresa, que viria a nascer em 2002. “Fruto dos bons resultados e do acréscimo de solicitações nas várias manifestações, quer artísticas, quer de eventos, foi necessário consumar essa expansão na obtenção de sede empresarial”, revela, dizendo que foi o concretizar de um sonho.
O que o motiva? “Em primeiro lugar, fazer o que amo! Também poder dar esta oportunidade a outros, já que a PMP contrata cerca de dois mil artistas por ano. Motiva‑me ter uma equipa que mantém uma atitude positiva perante a vida e o trabalho”, admite. “Uma atitude motivadora e positiva em todos os momentos da nossa vida dá‑nos um retorno fantástico. Uma atitude otimista garante, no mundo artístico, a maior das gratidões: o caloroso aplauso do público”.
“Dreamar”
Paulo Magalhães criou mesmo uma palavra para definir o que gosta de fazer: “dreamar”. Uma referência à sua experiência internacional, mas também ao facto de estar a concretizar um sonho.
Assim, quando questionado sobre do que mais gosta nesta atividade fala na liberdade que lhe é dada “para sonhar e criar”, ou seja, “dreamar na crista das ondas”.
Mas fala também na “inspiração de ser visto como um exemplo, inspirar os outros a seguirem os seus sonhos artísticos”, na “paixão, o combustível dos sonhadores”, e na “ousadia de tentar chegar onde mais ninguém tentou chegar”: “Ousar e ser diferente na minha arte é a minha imagem e o meu cartão‑de‑visita. Tento inovar em tudo o que faço e desta forma crio o meu próprio fator x”.
Paulo Magalhães elege também a criatividade como algo que o atrai nesta atividade: “A PMP é uma fábrica de sonhos. O futuro do mundo será dominado pelas mentes mais criativas. Gosto de transformar mentes em máquinas criativas que produzem maravilhas para os cinco sentidos”. Se o sonho é a melhor componente do seu trabalho, já o lado menos bom prende‑se com algo muito mais relacionado com a realidade. “Os atrasos nos pagamentos” são aquilo de que menos gosta.
Entre as muitas histórias vividas, destaca o contributo para a expansão da kizomba: “Até parece ser falta de modéstia, mas fomos responsáveis pela expansão desta dança no mundo. Lembro o primeiro evento mundial dedicado à kizomba e ritmos africanos que, nessa altura, começavam a conquistar Lisboa. Nasceu em 2007 o África Dançar – 1º Congresso Internacional de Danças Africanas e com ele a primeira final do Campeonato Internacional de Kizomba”.
“Como consequência do trabalho desenvolvido para a divulgação e expansão da Kizomba e restantes ritmos africanos, a PMP foi convidada para, com a sua equipa, estar presente em 26 países para produzir outros tantos documentários televisivos, que foram transmitidos em vários países de língua portuguesa e podem ser vistos no YouTube”, recorda.
Olga Teixeira
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