Vila Foz Hotel & Spa: a retoma e as incertezas com vista para o mar
12-10-2020
Aberto há pouco mais de um ano, no Porto, e com vista privilegiada para o Atlântico, o Vila Foz Hotel & Spa viu a sua atividade interrompida em março, devido à pandemia. Reabriu as suas portas em junho e mantém-se preparado para este “novo normal” que agora vivemos, com todos os protocolos de segurança implementados. No verão, a unidade hoteleira notou algum dinamismo, mas os próximos meses são de uma grande incerteza, porque tudo depende do evoluir da situação pandémica. Em entrevista à Event Point, Susana Tavares, CCO do Vila Foz Hotel & Spa, fala ainda sobre a aposta do hotel em eventos de pequena dimensão, como reuniões e eventos corporativos ou apresentações de produtos, e da retoma deste segmento na unidade, que tem registado procura para eventos privados e pequenas reuniões.
Como é que o hotel se preparou para este "novo normal" que estamos a viver? Que tipo de medidas foram implementadas?
Com o lançamento do selo Clean & Safe, por parte do Turismo de Portugal, desde logo nos preparamos para seguir todas as suas orientações e obter esta certificação. Sermos um hotel que abriu as suas portas há pouco mais de um ano, e o facto da implementação imediata das primeiras orientações da DGS – e falamos do período ainda antes do encerramento temporário do hotel, no passado mês de março –, permitiu que estas mudanças se traduzissem numa simples adaptação, especialmente ao nível da higienização de todas as áreas e quartos, assim como o tratamento de roupa, com a adaptação de novos produtos e procedimentos; dispensadores de solução à base de álcool nos vários pontos do hotel; uso obrigatório de máscara durante a circulação no interior; redução de capacidade das áreas de restauração e reunião e adaptação da operação às orientações nesta área, como pequeno-almoço buffet assistido e com as respetivas proteções. Todas estas medidas, assim como o protocolo interno, etiqueta respiratória e a auto-monitorização diária de sintomas, foram acompanhadas com formação às equipas, de forma a garantir o cumprimento desse mesmo protocolo e do distanciamento social. Foi também elaborado um plano de contingência para possíveis casos de infeção ou suspeitos, garantindo o isolamento, cumprindo com todos os requisitos e recomendações.
Como anteveem a ocupação da unidade nos próximos meses?
Desde logo, o Vila Foz Hotel & Spa posicionou-se como uma unidade com serviços direcionados para o público local. Dada a sua localização, numa área da cidade com forte presença de serviços e de residentes, foi importante a criação de espaços, como os restaurantes Flor de Lis, com um conceito descontraído e com foco na cozinha tradicional portuguesa, e o Vila Foz, um fine dining, onde a criatividade e o detalhe do serviço tornam um espaço elegante e único para uma experiência gastronómica; como o Bar, que tem sido outro ponto de encontro, com várias sugestões, como o After Work Drinks, à quinta e sexta-feira ao final da tarde, o menu Ostras e Champanhe e o Chá das 5, sempre acompanhadas e com uma vista mar privilegiada; e como o Vila Foz Spa, com os seus tratamentos e área wellness. Estes serviços permitiram a reabertura do hotel logo em junho, apesar da atividade de alojamento ser ainda residual, nessa fase. Durante os meses de verão e, mais uma vez, pela sua localização junto ao mar, pela sua dimensão e pelas áreas exteriores que compõem o hotel, notamos algum dinamismo, alavancado, essencialmente, pelo mercado doméstico, o qual já se destacava antes da pandemia, acompanhado do mercado espanhol e dos mercados de proximidade, na Europa. Os próximos meses são caracterizados por uma grande incerteza e dependência do evoluir da situação pandémica e respetivas restrições de cada um dos países, incluindo Portugal, e as orientações emitidas pela DGS. Este facto traduz-se em reservas de última hora, dificultando qualquer antevisão para o futuro próximo.
Como antecipam o regresso do turismo internacional?
Como referido na questão anterior, esse regresso vai ser ditado pelo evoluir da situação atual e as medidas que irão sendo adotadas a curto prazo. Acreditamos que, tendo as fronteiras abertas, haverá circulação do mercado europeu, quer nos segmentos de lazer, quer no corporativo. No entanto, Portugal teve um forte impulso em mercados como os EUA e Brasil, os quais já representavam uma grande fatia nos fluxos turísticos, promovendo mesmo o combate à sazonalidade e que, ao que tudo indica, serão mercados que levarão alguns meses para recuperar a presença na Europa.
Que espaços para eventos oferece o Vila Foz Hotel & Spa?
Dadas as suas características e posicionamento, a aposta foi em eventos de pequena dimensão, como board meetings, apresentações de produtos, pequenas receções e eventos empresariais. Contamos com uma sala de reuniões, a Arena, com uma área de 90 metros quadrados, acompanhada de um terraço exterior, totalmente equipada, versátil e adaptável às características e necessidades concretas de cada evento. Prima pelo conforto e pela elegância, com luz natural e acesso independente. A par da sala, o Restaurante Vila Foz oferece a possibilidade de privatização do espaço para um almoço ou jantar em ambiente privado e requintado, assim como o Restaurante Flor de Lis, onde os seus cinco espaços permitem almoços de trabalho com toda a descrição e descontração. Os jardins do hotel, complementam estes eventos, podendo receber Welcome Drinks e Cocktails, sempre com o mar como pano de fundo. Neste momento, temos todas as facilidades adaptadas às orientações da DGS, cumprindo as limitações quanto ao número de participantes.
Ainda no que toca a eventos, o mercado já começou a mexer? Com que tipo de eventos?
Lentamente. As restrições têm sido muitas, para este segmento, de forma a evitar o ajuntamento de pessoas. O facto de estarmos equipados de espaços privados reflete-se na procura por parte do mercado para eventos que requerem essa privacidade e pequenas reuniões, como almoços e jantares familiares. Mas, mais uma vez, procura muito em cima da hora, de forma a cumprirem com o número de pessoas e ocupações perante as orientações em vigor. Falamos de um público mais local, claro. Conferências, congressos e incentivos de maior dimensão terão de aguardar por uma acalmia do estado pandémico e levantamento das restrições.
Maria João Leite