< PreviousDESCUBRA VENUES EM PORTUGAL Venues únicos para festas, reuniões, jantares, casamentos, conferências, ocasiões especiais e cultura? A sua resposta está, provavelmente, em www.venuesportugal.pt. Venha perceber porquê. Como é que hoje em dia procuramos a maior parte do que queremos? Num motor de busca. Como é que tomamos as nossas decisões? Pelas opiniões de outras pessoas, a maioria das quais nem conhecemos. Como é que as empresas, neste caso os venues, podem dar‑se a conhecer a qualquer parte do mundo a toda a hora? A resposta a estas questões é o digital, e a solução pode estar em www.venuesportugal.pt. O Venues Portugal, assim se chama este portal, nasce de uma oportunidade de dar visibilidade aos venues, de uma forma rápida, organizada e acessível. E com isso serem vistos e pesquisados pelo seu público‑alvo. WWW.EVENTPOINT.PT 20 EMPRESAS CONTEÚDO PATROCINADO Mais do que um diretório de contactos, o Venues Portugal é pensado por quem está habituado a procurar este tipo de espaços, com as características que permitem ajudar na decisão de pedir contacto ou proposta, e por quem os oferece, dando indicações desde as dimensões, as funcionalidades e as características distintivas. Está tudo lá. O mote é simples, mas ambicioso: criar a maior e melhor base de contactos de venues, dos mais variados tipos de eventos, a nível nacional. No Venues Portugal encontra espaços inspiradores para diferentes situações, e ainda aqueles que são os preferidos da equipa do portal. Aceite o repto do Venues Portugal e, se é o responsável por um destes espaços, junte‑se à comunidade. Basta inserir o seu venue aqui: www.venuesportugal.pt/ insiraaquioseuvenue VENUES PORTUGAL 927 864 535 | ola@venuesportugal.pt www.venuesportugal.ptA RECUPERAÇÃO DESTE SEGMENTO PREVÊ‑SE EM 2022 WWW.EVENTPOINT.PT 22 OPINIÃO PORTUGAL NA POLE POSITION MICE O turismo e viagens foi um dos ecossistemas mais prejudicados pela crise pandémica. Segundo dados da Comissão Europeia, o investimento necessário para a recuperação do setor, a nível da União, é de pelo menos 161 mil milhões de euros. Ainda que com uma quebra de 70% nas receitas, em 2020, e 11 milhões de empregos em risco, os indicadores de confiança dos consumidores evidenciam uma clara recuperação. Em fevereiro do corrente ano, 54% dos europeus afirmavam pretender viajar nos seis meses seguintes. A tendência verificada no ano passado reforça‑se com 41% de cidadãos a querer viajar para outro Estado‑membro e 35% a dar preferência a um “staycation”. Perante um cenário de quebras drásticas, há um fundo de esperança que deve animar todos os que trabalham direta e indiretamente no setor; a vacinação nos diferentes Estados‑membros está a decorrer de forma positiva; a aplicação, no mês de julho, do certificado europeu covid‑19 e a aprovação do Selo Sanitário Europeu (medidas de resto apresentadas em outubro de 2020, no Parlamento Europeu, no relatório que tive a responsabilidade de elaborar), aliados à tão ansiada ajuda europeia NextGenerationEU, fazem antever o início de um regresso à normalidade. Qualquer uma destas medidas são garante de aumento da confiança do consumidor em viajar e participar em eventos e congressos. Segundo nos é dado a conhecer, a recuperação deste segmento prevê‑se em 2022, caso se mantenha esta trajetória de coordenação com o certificado europeu covid‑19 e avanço na vacinação e testagem. A nível mundial, a adaptação na área de congressos e eventos foi extraordinária, nomeadamente pela utilização ágil das novas tecnologias e garantindo uma participação robusta em eventos de formato 100% digital ou híbrido. E engana‑se quem pensa que os eventos virtuais são menos desafiantes do que os presenciais ou que se resumem a garantir que os participantes têm uma boa rede de internet. Há hoje acessos a sessões plenárias e breakout rooms, há interação entre os participantes e oradores, perguntas e respostas, gamification, exposição técnica ou reuniões individuais. No ranking da Associação Internacional para Congressos e Convenções, Portugal encontra‑se no top 10 mundial no número de eventos internacionais (342) e, na categoria cidades, Lisboa está em segundo lugar, com 190 eventos, ultrapassada apenas por Paris. Portugal tem as condições para continuar na pole position e a diferenciar‑se no turismo através do segmento MICE. O Governo português tem o dever de apoiar, gerir e promover parcerias acertadas entre público e privado, pelo turismo, a bem de Portugal. Seria uma forma de emendar a prioridade que não deu ao setor no Plano de Resiliência que apresentou em Bruxelas. A União Europeia acabou por flexibilizar a aplicação dos fundos estruturais e de investimento, criou o programa SURE para apoiar os lay‑offs, o Fundo para a Globalização de apoio ao desemprego (sempre que o Estado‑membro o acionar) e apresentou o NextGenerationEU num montante de 750 mil milhões, para apoiar a recuperação verde e digital das economias nacionais. Ainda que se espere ansiosamente por essa “bazuca” europeia, ela não é garante de desenvolvimento ou crescimento económico, servirá para colmatar parte dos danos desta crise. Mas se há serviços, processos e pessoas que merecem prioridade nas políticas públicas são as que direta e indiretamente trabalham no turismo. Como demonstra a história, a retoma da economia não se fará sem o turismo. Cláudia Monteiro de Aguiar Deputada ao Parlamento Europeu WWW.EVENTPOINT.PT 24 OPINIÃO “AGORA TEMOS UMA FERRAMENTA EXTRA” WWW.EVENTPOINT.PT 26 GRANDE ENTREVISTA GERD DE BRUYCKER: “FOMOS FORÇADOS A SER CRIATIVOS” Gerd de Bruycker é uma das vozes mais respeitadas no setor dos eventos a nível internacional. Diretor EMEA da Cisco, é responsável pelo marketing de eventos desta empresa. À Event Point conta como a Cisco se voltou para o digital durante este período e aponta 2022 como o ano da retoma dos eventos presenciais na companhia. Como chegou à indústria dos eventos? Foi através da Microsoft. Estou há quase 11 anos na Cisco e, antes disso, estive quase 10 anos na Microsoft, onde comecei por ter um papel em termos de marketing na Bélgica. Uma parte do trabalho requeria organizar eventos. Comecei a organizar eventos em auditórios e adorei. Foi assim que me envolvi em eventos. E, de uma certa forma, isto fez parte de uma evolução interessante, porque ainda antes de trabalhar na Microsoft, e como forma de prospeção, fui ao evento Microsoft TechEd. Trata‑se de um grande evento, tal como o Cisco Life. No último dia do evento, houve uma grande festa na Arena de Amesterdão, com a performance de Brian Adams. E, já na altura, olhei para aquilo e pensei ‘wow, isto é fantástico’. E, quando foi anunciado em palco o destino da edição seguinte do evento, disse: ‘este é o trabalho que quero ter’. Dois anos mais tarde fui convidado a organizar esse evento. Foi um momento que despertou a minha paixão, e decidi persegui‑la. O que gosta mais no seu trabalho? Quando penso em todos os eventos em que estou envolvido em termos de organização, de onde retiro maior satisfação é em ver as pessoas que o organizam a sorrirem no final. É um reflexo de que o evento correu bem e de que adoraram o trabalho. Tem tudo a ver com o sorriso e, para mim, também é interessante vê‑las crescer enquanto pessoas e profissionais, porque isso é o que eu realmente gosto: fazer coaching, levar as pessoas ao nível seguinte, guiá‑las, ajudá‑las. Passou por duas grandes empresas tecnológicas. Acredita que, em termos de criatividade e tecnologia, estas empresas têm uma responsabilidade ou liderança acrescida nos seus eventos? Absolutamente. Acho que as empresas tecnológicas são drivers, são líderes na forma como os organizam, usando tecnologia, criatividade, inovação. Mas não só na indústria da tecnologia. Qualquer empresa, de qualquer indústria, deve ter como objetivo ser líder em qualquer coisa que faça, seja nos eventos, gestão de produto, ou num serviço. Cada empresa deve assumir responsabilidade e tentar ser líder naquilo que faz. De que forma a pandemia mudou a indústria? E como vê o setor depois desta tempestade passar? Passou tudo para o digital e, por causa desta coisa incontrolável, fomos forçados a ser criativos, a pensar de forma diferente e isso trouxe inovação às toneladas. Presenciamos uma grande aceleração na forma como se faziam eventos num ambiente digital puro. Acho que aprendemos muito. Fomos forçados a isso. Vimos muita inovação. Claro, também vimos empresas a irem‑se abaixo porque não tinham uma boa visão de futuro, outras deram a volta e focaram‑se na tecnologia, construíram estúdios e avançaram com esse trabalho. Assistimos a muitas aquisições, incluindo na Cisco, e houve uma grande evolução neste campo. Acredito que a indústria dos eventos, como um todo, vai sair muito mais forte. E porquê? Porque agora temos uma ferramenta extra. Por causa desta situação incontrolável fomos forçados a pensar diferente. E agora muita gente e muitas empresas já estão mestres no espaço virtual dos eventos, sabem o ROI, sabem o que funciona, o que não funciona, têm imensa data à sua disposição. Acho que vamos sair mais fortes disto. WWW.EVENTPOINT.PT 28 GRANDE ENTREVISTA De que forma os eventos presenciais evoluem num mundo digital, e que ainda foi acelerado pela pandemia? Com muita inovação, criatividade e com ainda mais ferramentas ao nosso dispor. Temos muito mais a oferecer a qualquer empresa que queira orgazinar eventos, B2C ou B2B. Vai ser divertido. Acha que os governos estão mais alertados para o que é a indústria dos eventos, ou há ainda muito trabalho a fazer? Ainda há muito trabalho a fazer. Por exemplo, a situação na Bélgica. Há uma pequena parte de uma organização profissional responsável por uma pequena parte dos eventos, mas não pela sua totalidade. É muito fragmentada. Algumas pessoas subiram ao palco e tentaram ser líderes e conseguiram‑no. É uma aprendizagem, fazer lobbying e negociar com os governos. Dependendo do país, acredito que há ainda muito a fazer, mas foram conseguidas muitas coisas e estão mais bem organizados para o futuro. Estamos a olhar para 2022 Em relação à Cisco, fizeram eventos digitais com a pandemia? O que aprenderam com a experiência? Sim, claro. Fizemos toneladas de eventos. Acho que, como toda a gente, vimos um grande aumento, não só no volume de eventos, mas também no registo de participantes. No início, vimos multiplicado por 3, 4 ou 5 o número de participantes, e não só de registos. Ao mesmo tempo, depois de alguns meses, incluindo agora, há fadiga de webinars, as pessoas estão fartas. As pessoas querem encontrar‑se, de novo, mas ao mesmo tempo, se o evento for bem pensado, bem organizado, bem comunicado, e se trouxer valor, vemos, na mesma, muitas pessoas a registarem‑se [online]. Muito mais do que víamos nos eventos físicos. Aprendemos que o conteúdo é ainda mais o rei. O conteúdo é o mais importante, e ainda mais num ambiente virtual. As apresentações devem ser curtas e ir ao ponto, de modo a que as pessoas se mantenham atentas. É melhor ter múltiplos oradores, ter dinamismo, painéis de discussão, sessões curtas, Next >