< Previousúltima hora, mas aos quais conseguem dar resposta rapidamente. Também a “aprendizagem contínua” proporcionada pelos diferentes eventos. E “a adrenalina dos eventos de grande escala… não há igual! No fundo, um número de sensações diferentes que num só evento, num só dia podemos sentir”, explica, salientando ainda como fatores positivos “a capacidade, a agilidade e a rapidez de resposta que ganhamos trabalhando neste tipo de atividade, pois temos de ser muito rápidos a dar resposta quando alguma coisa corre mal e tem de ser resolvida”. E acrescenta: “Os eventos têm data marcada e é nessa data que têm de acontecer e não dois dias depois, por isso temos de ter a capacidade de resolver imprevistos na hora.” No sentido inverso, Paula Fernandes refere o tempo que esta atividade retira à vida familiar. “Quando era mais nova não me importava nada de estar 10 dos 12 meses do ano fora da minha área de residência, pois era bastante enriquecedor quer a nível profissional como pessoal. Conhecer novas gentes, novos países e culturas, conhecer Portugal de norte a sul, quando tínhamos os roadshows e durante dois meses seguidos só vínhamos a casa ao domingo, mas ao final do dia tínhamos de ir embora novamente para dormir já na cidade do evento do dia seguinte; por isso, nem 24 horas passávamos na nossa cidade… Chegar a nossa casa na madrugada de 24 de dezembro, após um roadshow de Natal, que mais parecia um ‘big brother’ ambulante, com 12 pessoas sempre juntas durante quase dois meses e que tanto nos divertíamos em conjunto como, ao mesmo tempo, não nos podíamos ver por alguns momentos…” Mas, agora, que a família está mais alargada, quando o trabalho a obriga a estar fisicamente longe das filhas por alguns dias, “já custa um bocado”, conta. Neste lado menos positivo da balança há ainda a acrescentar todas as “horas de sono que alguns eventos nos tiram, por stress, por ansiedade, por alguma coisa não estar a correr tão bem como esperávamos”, adianta Paula Fernandes. WWW.EVENTPOINT.PT 60 VIDA DE EVENTOS INÚMEROS MOMENTOS GRAVADOS NA MEMÓRIA São muitos os eventos marcantes que Paula Fernandes poderia destacar: o ‘Maior Logótipo Humano’, em 1999, o primeiro grande evento em que participou e que apoiou a candidatura ao Euro’2004; a ‘Mais Bela Bandeira Humana’, que juntou 18 mil mulheres, em 2006; o Festival dos Oceanos, que coordenou de A a Z, entre 2009 e 2011; a AR&PA – Bienal Ibérica do Património Cultural, em Amarante, no ano de 2017, mesmo na altura em que nasceu a primeira filha; ou o LUZA – Festival Internacional de Luz do Algarve, no mesmo ano, do qual só foi ver o resultado, por estar de licença de maternidade. “Mas um dos que mais me marcaram foi em 2013, o Mundial de Hóquei em Patins em Angola, um país com uma cultura diferente da nossa. A gestora do projeto não podia estar presente, porque ia ser mãe, ficando a meu cargo a gestão e toda a coordenação das equipas presentes, quer na cerimónia de abertura, quer no encerramento. Deu‑me o maior orgulho de sempre do trabalho que faço. Foi realmente muito gratificante, com uma grande responsabilidade, mas, mais uma vez, com uma equipa sempre presente e que me apoiou na tomada de todas as decisões mais assertivas para que as duas cerimónias corressem com o sucesso que foi demonstrado”, lembra. Nesse mesmo evento, Paula Fernandes viveu um dos momentos mais hilariantes do seu percurso. “Os eventos não são só recordados pelo momento do evento ou espetáculo em si, mas também por toda a sua preparação prévia”, frisa. “Eu sou uma pessoa muito descontraída e muito low profile, gosto pouco da ribalta, mas ali era eu que tinha de dar a cara e de falar nas reuniões com os responsáveis de todas as áreas do projeto. Foi marcada uma reunião e lá fui eu, completamente descontraída de calças de ganga e de top (estava muito calor) e, de repente, entro numa sala onde só estavam homens das mais altas patentes, todos de fato e gravata… Senti‑me muito pequenina naquele momento”, conta, ressalvando, no entanto, que quando começou a falar, “mesmo com o meu ar de descontraída, fui levada a sério e todo o planeamento mostrado foi seguido com todo o profissionalismo”. Há ainda aqueles eventos que se recordam também porque poderiam não ter corrido bem, mas em que tudo se resolveu da melhor forma possível. Neste capítulo, Paula Fernandes encaixa o Dia do Porto de Leixões, em 2019. “Estava tudo planeado para ser mais um evento de grande sucesso, com diversas atividades, espetáculos e animações. É um evento que tem sempre muita adesão de público. No entanto, nesse ano, 15 dias antes começamos a ver que as condições meteorológicas não eram favoráveis a fazer o evento”, explica. Todos os dias a equipa via se havia previsões de melhoria do tempo, mas, pelo contrário, as indicações eram de condições muito adversas, quer no dia anterior (o das montagens), quer no dia do evento. WWW.EVENTPOINT.PT 62 VIDA DE EVENTOS O cliente decidiu manter o evento e este foi reajustado de acordo com as condições previstas. “Fizemos todas as montagens possíveis no exterior, em espaço abrigado, e o restante no interior.” Chegou o grande dia e, apesar do tempo, já havia fila para entrar antes da abertura de portas. Paula Fernandes conta que estava tudo a correr bem e que até nem chovia assim tanto. Mas, “num abrir e fechar de olhos, começou a chover e o vento a soprar de tal forma que tudo voava pelos ares; estruturas que estavam preparadas para estar no exterior começaram a ser arrastadas de tal forma que nem dez pessoas da nossa equipa e seguranças estavam a conseguir controlá‑las… Foram logo desmontadas para que ninguém se magoasse.” Foi um dia de emoções fortes. “Não parei um segundo para verificar que tudo corria com a maior normalidade possível, mesmo não existindo normalidade nesse dia. No final, até me emocionei, pois, mesmo tendo sido um dia muito stressante e com vários obstáculos que foram resolvidos imediatamente com a excelente equipa que estava comigo, o Dia do Porto de Leixões foi mais uma vez um sucesso”, com palavras do cliente agradecendo à equipa e destacando o profissionalismo de Paula Fernandes por ter conduzido o evento de forma exemplar. Palavras que ficam para sempre gravadas na memória. Maria João LeiteJORNADAS DE PROTOCOLO REGRESSAM AO MODELO PRESENCIAL As XVI Jornadas Internacionais de Protocolo da APorEP vão realizar‑se no dia 24 de novembro de 2021, sob o tema “Novos tempos no Protocolo e nos Eventos”. Jornadas de Protocolo 2019 WWW.EVENTPOINT.PT 64 ESPAÇO APOREP As Jornadas do ano passado, em versão online, foram um sucesso e permitiram‑nos avaliar o interesse de todos os intervenientes, realçar a atualidade das matérias versadas e a necessidade de conhecimentos de Protocolo. Este ano temos o gosto de anunciar que regressamos ao modelo presencial, tão do agrado dos nossos associados, oradores e participantes, comemorando assim o regresso a uma quase normalidade das atividades de grande parte dos setores empresariais e dos eventos, onde o protocolo é um componente essencial. Serão realizadas no auditório da “Casa do Comércio” – União de Associações do Comércio e Serviços da Região de Lisboa e Vale do Tejo, na Rua Castilho, em Lisboa. O cerimonial (a forma como o Protocolo é posto em prática) de atos oficiais observado durante a pandemia foi adaptado às circunstâncias, no que diz respeito ao número de pessoas presentes ou ao distanciamento entre elas, chegando mesmo a serem efetuadas cerimónias com o auxílio de meios telemáticos. A retoma das atividades, de volta ao que todos desejamos ser a normalidade, vem mais uma vez reforçar a importância do Protocolo. Este continua a ser uma ferramenta nas relações públicas institucionais, oficiais, empresariais e pessoais, facilitando a interação e cooperação entre todos para a obtenção de resultados positivos e consolidados naquilo que são os objetivos de cada um. O mesmo se passa na organização dos mais variados eventos, onde a organização tem de ser cuidada ao pormenor na sua linguagem verbal e não‑verbal: conceito inicial, planeamento, convites, meios de comunicação, linguagem utilizada, imagem, símbolos, técnicas de ordenamento das pessoas, ordem das intervenções, etc.O Protocolo tornou‑se há muito numa ferramenta indispensável no relacionamento entre pessoas, Estados, organizações e empresas. Mesmo com o confinamento durante a pandemia, a sua base, em Portugal, continuou a ser a mesma respeitando a legislação existente em vigor: os acordos internacionais, a Lei das precedências do Protocolo do Estado Português, as leis referentes aos símbolos nacionais, as leis orgânicas dos vários setores da administração pública; as regras de organização interna das empresas com as suas hierarquias e representantes. A utilização do Protocolo produz, por vezes, efeitos políticos imediatos e/ou com forte impacto na comunicação social. O caso “sofagate” ou a falta de cadeira para a Presidente da Comissão Europeia na reunião em Ancara, em abril passado, já muito falado e discutido, é uma boa prova de que o Protocolo pode ser usado como um instrumento de poder. A falta de elementos da equipa de protocolo da Comissão Europeia na reunião preparatória da visita dos dois presidentes, da Comissão Europeia e do Conselho Europeu afetou principalmente quem não o tomou em consideração. E traduziu‑se num desprestígio para as instituições europeias. O objetivo do Protocolo é simplificar a vida, não complicar; encontrar soluções, não arranjar problemas. Por isso, teremos oradores de vários setores e nacionalidades que partilharão as suas experiências. Estamos a ultimar os convites e contamos muito em breve poder divulgar o programa completo destas Jornadas Internacionais de Protocolo. Marque esta data na sua agenda: 24 de novembro de 2021! Isabel Névoa Tavares Vice‑presidente da APorEP WWW.EVENTPOINT.PT 66 ESPAÇO APOREP “OS DRONES JÁ SÃO O FUTURO!” À semelhança do que acontece com o fogo‑de‑artifício, os drones também fazem inclinar a cabeça para trás e levantar os olhos para o céu, o mesmo que iluminam com coreografias e efeitos visuais que são verdadeiros focos de entretenimento. Mas que espaço ocupa este tipo de serviço no mercado dos eventos? Afinal, já são alguns, em todo o mundo, os que optam por este género de espetáculo… Para responder a esta questão e para melhor entender o que está a ser feito nesta área, a Event Point contactou três empresas que operam neste ramo: a Ivo Shows, a Ghostysky e a Drones & Co. © Drones & Co WWW.EVENTPOINT.PT 68 RADAR EVENTOS PÚBLICOS OU CORPORATE SÃO OS PRINCIPAIS CLIENTES “Os espetáculos de drones trouxeram uma nova forma de impulsionar qualquer evento. Conseguimos fazer uma coreografia no céu, permitindo que a marca ou o objeto do evento seja único e inesquecível”, começa por explicar Ivo Fernandes, CEO da Ivo Shosw, empresa portuguesa de pirotecnia que trabalha os espetáculos de drones em parceria com a marca francesa Dronisos, e que oferece soluções para espetáculos indoor e outdoor. “Os mais de 20.000 espetáculos pelo mundo, sempre com drones de vanguarda e de tecnologia de ponta, deixam‑nos seguros do trabalho que fazemos.” A Ivo Shows pensa nos espetáculos para eventos com muita audiência, “normalmente públicos ou corporate”, explica o responsável, acrescentando que “a maioria dos espetáculos tem um mínimo de 400 drones”, o que permite “criar imagens incríveis e colocar qualquer evento ou ativação de marca nas bocas do mundo”. Também a Ghostysky refere que, no que toca ao tipo de eventos, os “públicos ou corporate são mais comuns” e não tanto, por exemplo, eventos familiares, já que, de forma geral, “o budget normalmente atribuído neste tipo de eventos tende a ser incompatível”. Contudo, a empresa tem disponíveis espetáculos de drones para todo o tipo de eventos e na modalidade “chave na mão”, frisa Bruno Simões, cofundador e CEO da empresa que implementa soluções com drones. “Em termos de serviço, os nossos espetáculos incluem desde os licenciamentos legais, a produção de design personalizado e todo o processo de deslocação e implementação do espetáculo. Relativamente ao design personalizado, o nosso departamento de design produz o espetáculo com animações, imagens, objetos, figuras, entre outras, e tendo em conta os requisitos dos nossos clientes.” © Drones & Co Next >