< Previoussempre com a máquina fotográfica a tirar fotografia de tudo e de todos, em eventos, nas festas, nas férias”. Se a fotografia faz parte da história de Nuno Ramos desde cedo, o mesmo podemos dizer dos eventos. Enquanto estudava Design Industrial na faculdade, começou por ser assistente na empresa de organização de eventos da mãe, o que “era sempre muito divertido”. Depois fez “umas brincadeiras de design” na empresa de Irene Ramos e mais tarde, quando acabou a faculdade, dedicou‑se a 100% e entrou mais a sério nesse mundo. “Mais ou menos de 2001 a 2013, 2014, estive como gestor e sócio‑gerente na empresa Irene Ramos, na qual fiz muitos eventos”, conta. “Comprei logo um Ferrari e não sabia conduzir” Nuno Ramos tinha a responsabilidade de contratar fotógrafos para os eventos que organizava e a paixão pela fotografia voltou a manifestar‑se: “Sempre fui curioso e andava atrás do fotógrafo, perguntava coisas, como era, como fazia, como tirava aquela exposição, como fazia aquilo, como editava”, explica. A curiosidade fez com que criasse um pequeno estúdio de fotografia no gabinete da empresa e com que comprasse “uma câmara boa, uma boa lente, um flash”. “E até posso dizer que na altura não comprei uma câmara de baixa gama, comprei logo um Ferrari e não sabia conduzir. Portanto, fui aprender a conduzir um Ferrari, mas teve piada por aprender logo num Ferrari. Era com o que eu ia trabalhar, era com câmaras profissionais, com as quais trabalho até hoje”, justifica. Já com equipamento profissional, Nuno Ramos começou a levar a máquina para os seus eventos e a fazer “fotografias mais artísticas, um pouco diferente do normal dos eventos, que costumam ter uma fotografia um bocado boring, aquela fotografia ‘chapa 5’”. Na verdade, “queria de alguma forma contar a história de um evento, mostrar um evento de forma mais criativa” que não se limitasse “às fotografias de um orador, de um palestrante, da sala de reuniões”. Desde o início, Nuno Ramos quis “mostrar uma foto diferente que as pessoas não estejam habituadas a ver”. WWW.EVENTPOINTINTERNATIONAL.COM 70 VIDA DE EVENTOS Após várias “experiências” e alguns cursos e workshops de fotografia, foi natural a transição de coordenador para fotógrafo de eventos. Desde 2012, Nuno Ramos tem um estúdio de fotografia no Estoril. “Muitas das vezes eu sinto que não estou a trabalhar” O know‑how da organização de eventos faz com que Nuno Ramos “tenha o radar sempre ligado”. “Como venho dessa área, sei mais ou menos aquilo que está para acontecer. Só preciso de algumas guidelines para seguir o evento. É para mim muito natural estar a fotografar um evento, seja de que tipo for. Acho que o meu ‘olho para o detalhe’ e a antecipação de algumas situações fizeram de mim um fotógrafo de eventos mais atento”, sublinha o fotógrafo. Confidenciando que “muitas das vezes sente que não está a trabalhar”, porque ir para um evento fotografar é “fazer aquilo que gosta”, Nuno Ramos diz‑se motivado pela diversidade que a fotografia de eventos lhe proporciona. “É estar a trabalhar numa área que eu adoro, tirar fotografias, momentos, expressões. E cada evento é único. Eu acho que o que me motiva é mesmo a diversidade de cada evento e poder contar a história à minha maneira através da fotografia. Diria até expressar a minha arte”, explica. O evento que mais o marcou realizou‑se em 2005, quando esteve envolvido na organização da implosão das torres de Tróia. “Foi um trabalho muito complexo”, que “ficou bem gravado como um evento único”, sobretudo na parte da logística e acolhimento dos convidados. Nuno Ramos diz gostar de todos os eventos e mesmo os mais cansativos “acabam por ser gratificantes no final”. Histórias com piada também as tem na sua memória (fotográfica), como a de um jantar de gala em que o cliente quis servir feijoada com enchidos aos convidados de lantejoulas e smoking. E isto porque ‑ conta com humor ‑ “não era época de sardinhas assadas”, que era a primeira opção do cliente.O KNOW-HOW DOS PROFISSIONAIS NA ÁREA DO “TEAM BUILDING” É ESSENCIAL WWW.EVENTPOINTINTERNATIONAL.COM 72 ESPAÇO APECATE DEFINIÇÃO DE TEAM BUILDING As ações de “team building”, também denominadas de eventos de desenvolvimento de equipas ou desenvolvimento de grupo, referem-se a intervenções destinadas a melhorar a eficácia de um grupo de trabalho (Woodman & Sherwood, 1980). “Team – building” (com hífen) seria a forma correta em inglês de expressar as atividades em causa, porém, de acordo com o Ciberdúvidas da Língua Portuguesa (2023), enquanto estrangeirismo usado em português, a forma correta de o escrever será “team building”. Já o termo “teambuilding” (que junta as duas palavras) seja em inglês ou português, trata‑se de um erro tipográfico. De acordo com a literatura de gestão de recursos humanos e comportamento organizacional, este termo refere‑se a atividades planeadas com elevada interação para permitir que as equipas de trabalho alcancem melhores resultados, atinjam as metas da equipa e realizem tarefas de trabalho (Klein et al., 2009; Robbins & Judge , 2017). CURIOSIDADE O termo “team building” é um estrangeirismo, mais especificamente um anglicismo, e por esse motivo deve ser escrito entre aspas ou em itálico.ESTÁ A PREPARAR UM TEAM BUILDING PARA A SUA EQUIPA? Alguns pontos a considerar: Em primeiro lugar encontre uma empresa especializada na realização de ações de “team building” (e se escolher uma empresa associada da APECATE e com o Selo de Qualidade da APECATE saberá que está perante uma empresa que cumpre requisitos legais e de qualidade para lhe proporcionar uma ação de sucesso). Em segundo lugar prepare‑se para facultar as seguintes informações à/s entidades a quem solicita uma proposta de “team building”: 1. Qual o objetivo pretendido com a ação de team building? 2. Quem é o público‑alvo? 3. Duração pretendida? 4. Localização pretendida? 5. O que já realizaram no passado? 6. O que gostariam de realizar? 7. Budget alocado? 8. Eventuais fobias e/ou constrangimentos físicos e ou culturais do grupo. E SÃO SEMPRE EFICAZES AS AÇÕES DE TEAM BUILDING? Podem não ser! Para serem eficazes as diferentes dimensões acima indicadas (e onde se acrescentarão algumas mais) deverão ser devidamente conjugadas. O conhecimento que tem da sua equipa e o know‑how dos profissionais na área do “team building” são fulcrais para identificarem e/ou criarem um programa de “team building” com sucesso (e que, muitas vezes, apesar de assim ser denominado pode assumir mais uma vertente de incentivo ou uma vertente de formação experiencial). E OS PARTICIPANTES REAGEM SEMPRE COM UMA ATITUDE POSITIVA A ESTAS AÇÕES? Não. Quem implementa estas ações há vários anos já assistiu aos participantes que são sabotadores das atividades, WWW.EVENTPOINTINTERNATIONAL.COM 74 ESPAÇO APECATE ou se queixam do trabalho que vai ficar acumulado por estarem ali, ou ainda os que criticam a empresa pelos gastos supérfluos da empresa, em vez de aumentarem salários, e estão nessas ações de forma contrariada... As atitudes dos participantes às ações de “team building” já foram, inclusivamente, alvo de estudo, em 2021, pelos autores Zhang e Lisekoot, que nos apresentam as oito dimensões comportamentais dos participantes face ao “team building”... e adivinhem... apenas três são atitudes positivas. Mas temos boas notícias: no nosso contexto cultural, as atitudes positivas são as mais frequentes! E, de forma empírica, posso assegurar que as empresas que com maior regularidade realizam ações de “team building” são as que as suas equipas denotam um ambiente laboral mais saudável e uma maior entrega nos desafios lançados. Será uma mera coincidência? EM SUMA… Um “team building” é uma ferramenta de desenvolvimento de competências e um investimento no seu capital humano. Há competências que serão trabalhadas com um maior grau de sucesso fora de uma formação clássica em sala. Mas, como qualquer investimento, para obter o sucesso pretendido com a sua ação de “team building” é importante ser uma ação planeada e integrada numa estratégia mais alargada de desenvolvimento de competências. Faça‑o com empresas especializadas em “team building” para garantir que o faz com sucesso e dentro dos parâmetros legais, de segurança e de qualidade. Cláudia Caetano Presidente da secção de animação turística da APECATELIDAR COM O IMPREVISTO E O INESPERADO WWW.EVENTPOINTINTERNATIONAL.COM 76 OPINIÃO PROTOCOLO: UMA FERRAMENTA PARA UM EVENTO DE SUCESSO Com frequência ouvimos dizer que, na organização de um evento, o protocolo é dispensável, não é uma prioridade da organização e representa um acréscimo de custos. Mas vejamos, é imperativo que os profissionais consigam trabalhar com as pressões, as incertezas e o pensamento crítico na tomada de decisões. É aqui que surge o protocolo empresarial, a ferramenta para lidar com o imprevisto e o inesperado. Mas então o que é o protocolo empresarial e para que serve? Por protocolo empresarial entende‑se o conjunto de regras, normas e práticas que estabelecem como as empresas se devem comportar e comunicar em situações formais ou oficiais. Abrange a comunicação verbal e não verbal, as regras de etiqueta, a conduta empresarial em eventos e em situações de negociação. O objetivo do protocolo empresarial é garantir que as empresas comuniquem uma imagem de profissionalismo, respeito e cortesia em todas as suas interações com outras empresas, organizações, autoridades, clientes, colaboradores, evitando erros de comunicação e comportamentos que possam prejudicar a sua reputação.Sem nunca descurar a norma, o protocolo teve de se adaptar e passar a ser mais simples, criativo e flexível; mais inclusivo e culturalmente sensível, respeitando as diferentes normas e costumes locais. Temas como a tecnologia, a sustentabilidade e a responsabilidade social e ambiental passaram a fazer parte das preocupações dos consultores de protocolo. Organizar um evento de sucesso requer um método eficaz de planeamento, coordenação e execução, com inúmeros fatores a considerar, desde a disposições dos lugares, às configurações das mesas, a ordem dos discursos, a utilização correta das bandeiras e outros detalhes que fazem a grande diferença na perceção que os convidados terão do evento. Muitas vezes, as empresas não têm dentro de portas o conhecimento prático que lhes permita tirar partido do que o protocolo tem para oferecer. É aqui que, ao trabalhar com consultores experientes, as empresas garantem que os seus eventos são planeados e executados de forma eficiente, segura e profissional, aumentando a sua imagem e reputação. O protocolo ajuda a garantir que os participantes se sintam respeitados e valorizados, o que levará a um aumento do valor da experiência do evento; ajuda a gerir as diferenças culturais e garantir que todos os participantes se sintam incluídos e bem‑vindos, o que leva a uma maior diversidade e inclusão; a adoção de regras de protocolo minimiza riscos de incidentes indesejáveis e assegura que um evento decorra de forma fluída e eficiente, o que contribui para atingir o retorno no investimento de comunicação desejado. Neste contexto, a consultoria de protocolo em eventos desempenha um papel relevante para garantir o respetivo sucesso. Mas a questão que se prende é: a consultoria de protocolo é um custo ou um valor acrescentado? WWW.EVENTPOINTINTERNATIONAL.COM 78 OPINIÃO Um evento bem-sucedido tem um impacto significativo nos resultados de uma empresa, seja através do aumento das vendas, da melhoria das relações com os parceiros ou clientes, entre outros. O apoio de um profissional de protocolo permite às empresas planear e executar com precisão um evento bem-sucedido. Em conclusão, a consultoria de protocolo em eventos não deve ser vista como um custo, mas um valor para as empresas. Ajuda na gestão dos riscos, a melhorar a experiência dos participantes, a poupar tempo e recursos e a obter um maior retorno sobre o investimento. Ao trabalhar com um consultor de protocolo qualificado, as empresas garantem que os seus eventos são bem planeados, bem organizados e bem‑sucedidos. Teresa Byrne CEO da TByrne Consulting www.tbyrneconsulting.pt https://www.linkedin.com/in/tbyrneconsultingNext >