Sustentabilidade: a nova disrupção

Reportagem

09-12-2022

# tags: IBTM World , Barcelona , Turismo de Negócios , Tecnologia , Eventos corporativos , Sustentabilidade

A anteceder o arranque da IBTM World, em Barcelona, houve um espaço de reflexão dedicado aos buyers corporativos com dois grandes eixos: sustentabilidade e tecnologia.

Na primeira parte, em parceria com a American Express Meetings & Events, assumiu-se que a sustentabilidade é a nova disrupção a que todos nós, num momento ou noutro, vamos ter que responder. Defendeu-se que a sustentabilidade em eventos corresponde a uma vantagem estratégica, que envolve fatores como a reputação, o bem estar de todos, o sucesso, os resultados financeiros, o envolvimento e as regras de compliance.

No capítulo da redução da pegada de carbono, apontou-se a necessidade de ajudar as organizações a compreender e a estabelecer ações e metas tangíveis, que possam ser medidas e avaliadas. Num inquérito conduzido pela American Express, 55% das empresas inquiridas disseram ter metas concretas de redução das emissões de carbono em toda a companhia; 23% disseram ter essas metas para viagens de negócio; e 9% têm esses objetivos para as reuniões e eventos organizados pela própria empresa.

Um outro número avançado, bem relevante, foi o de que 83% das empresas inquiridas pela American Express têm já em linha de conta a sustentabilidade quando preparam os seus eventos. Uma larga maioria, 77%, considera que é uma prioridade aumentar a consciência para este tema entre os empregados, clientes e restantes stakeholders. E 63% dizem que a principal barreira ao tomar de mais medidas é a monitorização e o acompanhamento de dados. Um outro número bastante significativo é o de 76% dos buyers que dizem ter incorporado - ou tencionar fazê-lo - a sustentabilidade nas respetivas políticas de atuação.

Foram também identificados alguns pontos de pressão, como: “Não sei por onde começar”, “Como posso medir”, “Preciso de soluções fáceis”, “A pressão por parte das lideranças”, “Eu não tenho suficiente informação” ou “Como sei que um fornecedor é sustentável”. E o conselho, por exemplo para a redução das emissões de carbono, foi: escolham uma ou duas categorias, em função da maior facilidade de implementação e controlo. E as áreas sugeridas foram: Destinos, Transportes, Hotéis e Venues, F&B, Materiais e Gestão de Resíduos. Neste, como em muitos projetos, o importante é começar. Dar primeiros passos, ainda que pequenos, e evoluir a partir daí.

Encontrar o caminho na selva tecnológica


A tarde ficou sob responsabilidade da consultora BW Events Tech. Os responsáveis da empresa partilharam diversos casos de estudo, para tentar demonstrar a importância de que se reveste hoje em dia uma boa consultoria nesta área. A verdade é que as soluções são tantas, as variáveis de cada iniciativa são tantas, que é muitas vezes difícil perceber - sem uma ajuda profissional - qual é a plataforma, a app, etc. que devemos usar. E com isso garantir que é a tecnologia que se adapta e responde às necessidades do evento, e não o contrário.