All2Rent: “A nova tendência é para linhas mais simples”

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A ALL2Rent, sendo associada da SóCatering, “dispõe de um elevado número de material para todo o tipo de serviços de catering”, explica um dos responsáveis, Paulo Costa.

O responsável dá alguns exemplos: “cadeiras (brancas, pretas, em acrílico e douradas), mesas de todos os tamanhos e formatos, atoalhados, mesas de vidro com suporte de acrílico iluminado, sofás, bares iluminados, mesas bistrô, secretárias, aquecedores, baias, bancos altos, cadeirões para conferências, palcos, tendas, material de cozinha, cozinhas de show cooking, estufas, fornos, guarda-sóis, plantas, candeeiros, poufs, espreguiçadeiras, etc…” 

O investimento em novo material “é contínuo, indo ao encontro do que os clientes pretendem”, afirma Paulo Costa. “Estamos sempre atentos ao que se passa na Europa e nos EUA. Hoje a nova tendência é para linhas mais simples, fugindo dos atoalhados, mesas de madeira sem toalha, mais clean e mais moderno, em tons pastel, ou então um gosto mais retro, usando espelhos, atoalhados lavrados e com cor, muito ao gosto italiano”. Tendências que se harmonizam com a oferta gastronómica, “onde pontuam os sabores tradicionais mas também os movimentos ligados à terra, os produtos de proximidade, a sazonalidade, sustentabilidade e biodiversidade, com uma grande tendência para uma cozinha vegetariana e vegana cada vez mais usada”. 

Desafios
 

Os custos de operação na ALL2Rent (e na SóCatering) têm aumentado significativamente. Não só com os recursos humanos, que escasseiam, mas com o transporte de material, a manutenção dos equipamentos, as compras ao estrangeiro (com a valorização do dólar) ou com as matérias‑primas para confecionar. E não é fácil renegociar com os clientes, mesmo sabendo que muitos dos orçamentos foram feitos com base em preços de 2021, lamenta Paulo Costa. 

Os pedidos continuam a entrar, “têm sido imensos, mas verificamos que as empresas e clientes individuais se começam a retrair com receio do que vem aí”. Por isso, 2023 “é uma grande incógnita”, refere o responsável da ALL2Rent, destacando que “a falta de recursos humanos atingiu um nível nunca antes experimentado, o que provoca muitas vezes a não concretização de eventos por falta de mão de obra”. Paulo Costa desafia todos os que têm responsabilidade nestas áreas, nomeadamente os políticos, para olharem com atenção para a indústria de eventos: a carga fiscal pesada, a falta de recursos humanos qualificados, os valores dos combustíveis e das matérias‑primas, os preços praticados na hotelaria… 

“É urgente repensar que tipo de turismo queremos nas cidades, se apenas de lazer ou com oferta para turismo de negócios”, garante Paulo Costa, e dá um exemplo que conhece bem: “A falta de capacidade e os preços praticados na hotelaria depressa farão com que o Grande Porto, para congressos, seja preterido em relação a outras cidades, com custos de organização mais baixos”. 

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