Tallinn, um destino MICE para descobrir

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Made Pandis-Raie, da Visit Tallinn

A capital da Estónia tem muito para oferecer no que toca à indústria MICE e aposta na captação de eventos internacionais.

O tempo é de recuperação, apesar dos impactos da pandemia e da crise energética que se fazem sentir. Mesmo com alguma incerteza no horizonte, os negócios em Tallinn têm estado a recuperar bem, de acordo com Made Pandis-Raie, business tourism project manager da Visit Tallinn – Tallinn City Tourist Office & Convention Bureau, presente na Conventa 2022.

De acordo com os números da primeira metade do ano, relativamente a eventos, a recuperação é de 51% em relação aos níveis de 2019. A retoma da indústria tem sido conduzida, na sua maioria, por eventos locais, com uma percentagem de recuperação de 61%; enquanto os eventos internacionais alcançaram 16% dos níveis de 2019.

“Tivemos uma primavera e um verão fortes e esperamos um outono muito bom. Depois disso, não sabemos ainda”, contou a responsável, com cautela, dadas as constantes incertezas que se vivem no panorama mundial. “É como se fosse uma crise atrás da outra e é muito difícil dar conta de tudo.” É difícil gerir as expectativas, “ninguém sabe o que o inverno vai trazer”, mas, ainda assim, “o resto do ano parece bom”.

Na capital da Estónia, os eventos domésticos “recuperaram bastante bem”, mas a retoma dos internacionais ainda tem muito por onde melhorar. E é para atrair esses eventos que a entidade participa em eventos como a Conventa. “Penso que temos feito tudo o que podemos no momento para nos mantermos no radar”, referiu.

Made Pandis-Raie acredita que, em todo o lado, “os eventos domésticos estão a recuperar melhor do que os internacionais. Especialmente naqueles que são uma espécie de segundos destinos… Não somos Londres, não somos Paris, talvez as suas recuperações sejam mais rápidas.”

Mas a capital da Estónia tem coisas diferentes para mostrar e apresenta características atrativas. “Penso que a crise nos deu uma vantagem, porque, na minha opinião, os eventos tornaram-se mais pequenos, o que significa que temos a hipótese de atrair alguns eventos internacionais, que costumavam ser grandes, para Tallinn, onde os venues não são assim tão grandes. Além disso, o destino propriamente dito não é tão conhecido, o que o torna mais atrativo.”

Um destino com tudo “na palma da mão”

Património Mundial da UNESCO, o centro histórico de Tallinn é a principal atração do destino. “É como um conto de fadas”. Já o fator mais atrativo da capital da Estónia é o facto “de ser um destino compacto”. Ou seja, a partir do momento em que se chega ao aeroporto “é mesmo muito fácil andar de um lado para o outro”.

“O aeroporto fica localizado a cinco quilómetros do centro, o que significa que se chega à cidade muito rapidamente.” É possível apanhar um elétrico do aeroporto para o centro da cidade e os transportes públicos são gratuitos para os delegados dos eventos internacionais que se candidatarem a esse serviço… “É sustentável, é bom e é rápido. Por isso, esta é a principal atração para um organizador de eventos. Ter tudo na palma da mão.” É possível fazer muita coisa a pé e não é preciso pensar muito nos transportes.

Em termos de venues e equipamentos, “são todos de classe mundial”, frisou. “Os nossos hotéis são todos ou novos ou renovados recentemente. Na altura da pandemia, quando estava tudo fechado, começaram os trabalhos de renovação, que terminaram agora. Por isso, os hotéis estão atualizados, novos e brilhantes, à espera que as pessoas cheguem”, afirmou Made Pandis-Raie, sublinhando ainda o facto de a Estónia ser um país avançado em termos digitais.

Com tanta e boa oferta, a Visit Tallinn está otimista. “A perspetiva é boa. Nós estamos prontos para servir. Somos uma espécie de pessoas que gostam de agradar, por isso, gostamos mesmo de ser bem-sucedidos na execução dos eventos; ficamos mesmo muito felizes com isso. Os nossos organizadores, os nossos venues dão tudo pelos eventos, para que sejam um sucesso”, concluiu.

*A jornalista viajou a convite da Conventa 2022