Leadership Summit Portugal: “Para decidir bem, é fundamental fazer silêncio”

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‘Humanity Is Calling – Be silent, Decide with truth’ foi o tema da oitava edição da Leadership Summit Portugal, que decorreu a 25 de setembro.

Mais de 850 participantes puderam assistir à partilha de conhecimento por parte de 32 oradores nacionais e internacionais, num evento que alertou para a necessidade de silêncio e para a arte de saber ouvir as pessoas, o mundo, o ambiente, os contextos.

“O balanço é extremamente positivo. Tivemos uma audiência superior a 850 pessoas que mais uma vez encheram o Salão Preto e Prata do Casino Estoril. Apesar do dia de chuva, creio que a adesão do público foi a melhor prova da qualidade dos oradores, dos temas e do programa social da Leadership Summit”, refere Filipe Vaz, diretor-geral da Tema Central, que organiza o evento, em declarações à Event Point.

A organização trabalha anualmente para “apresentar um programa variado que se adapte a diferentes interesses do público”, pelo que é difícil destacar as conferências que tiveram mais impacto na audiência. “Cada pessoa que assiste terá as suas próprias preferências e que podem ser muito díspares”, frisa.

Filipe Vaz explica que “isso fica bem claro no inquérito de satisfação que fazemos sempre junto dos participantes e onde solicitamos uma avaliação individualizada de todos os oradores. É curioso analisarmos a perceção do público, muitas vezes o mesmo orador é avaliado por diferentes pessoas de forma absolutamente oposta”.

Ainda assim, o responsável destaca os “oradores internacionais que estiveram pela primeira vez num palco em Portugal”, como Rupert Read (filósofo ambiental que apresentou a palestra ‘From dystopia to thrutopia’), Jim Garrison (ativista social e político que protagonizou a talk ‘Listening to the context’), Brian Klaas (professor e cientista político que abordou o tema ‘Navigating a world of chaotic uncertainty’) e Dacher Keltner (professor de Psicologia e fundador do Greater Good Science Center, Universidade de Berkeley, que apresentou a talk ‘Moral Beauty: how to meet the crisis of our times’).

Entre os oradores nacionais, Filipe Vaz dá um “destaque especial” à talk do maestro Martim Sousa Tavares (intitulada ‘Liderança no dia-a-dia: Lições a aprender com as orquestras’) e à conversa com o escritor Miguel Esteves Cardoso (que foi conduzida por Catarina G. Barosa, diretora de conteúdos da Líder, e que teve como tema ‘Gatos, líderes e filosofia’), “que, na minha perspetiva, foram brilhantes”.

“O esforço de um ano de trabalho valeu a pena”

Com o tema ‘Humanity is Calling – Be silent, Decide with truth’, esta edição da Leadership Summit Portugal pretendeu explorar alguns tópicos relacionados com a capacidade de decisão das lideranças, a necessidade de reflexão e escuta ativa, e o equilíbrio entre ação e contemplação, ética e verdade, conforme divulgou a organização do evento.

“Vivemos uma época de um ruído ensurdecedor causado pela avalanche de informação com que somos impactados constantemente, com a agravante de hoje em dia ser muito difícil distinguir o verdadeiro do falso. Para além disso, não só recebemos informação como também somos produtores diários de conteúdos que somam a este circuito imparável e crescente de informação”, aponta Filipe Vaz.

O responsável acrescenta que “esta realidade é verdadeira para todos, incluindo os líderes. Para decidir bem, é fundamental fazer silêncio, regressar à nossa essência humana, de forma a podermos decidir em consciência e na posse da informação que para cada um e em cada momento seja, de facto, relevante”.

Filipe Vaz acredita que quem assistiu ao vivo ao evento “terá saído verdadeiramente inspirado e com inputs que fazem pensar”. E quem não esteve presente, tem agora a possibilidade de assistir na Líder TV.

No final, e como habitualmente, foi feito um inquérito de satisfação, com respostas anónimas, junto de todos os participantes. “A avaliação global deste ano foi de 8,5 numa escala de 1 a 10, o que nos deixa extremamente satisfeitos e com a certeza de que o esforço de um ano de trabalho valeu a pena. Apesar disso, queremos sempre melhorar e tomámos devida nota das sugestões que recebemos dos participantes e dos nossos parceiros comerciais e institucionais”, conclui.