Congresso da APECATE: “Este é um setor de soluções”

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“Este é um setor de soluções”, começou por afirmar António Marques Vidal, presidente da APECATE, na sessão de abertura do congresso.

O setor tem desafios pela frente, alguns que não são de agora, e por isso é necessário encontrar respostas e soluções. Este é um setor essencial ao turismo em Portugal, um setor que constrói os conteúdos e as experiências a quem visita o país, lembrou o responsável.

O Congresso da APECATE (Associação Portuguesa das Empresas de Congressos, Eventos e Animação Turística) tem como o mote ‘Inovar o futuro: o desafio dos eventos e animação turística’. E este é um setor que quer sempre “inovar”, encontrar novas formas de proporcionar prazer aos visitantes. Para António Marques Vidal, essa tarefa nem sempre é fácil, porque o setor esbarra em burocracias. Defende, por isso, que cabe ao Estado regular e tentar organizar o sistema.

“É preciso comunicar cada vez mais” e António Marques Vidal tem sentido vontade de ouvir e de conversar por parte do secretário de Estado do Turismo ainda em funções, Pedro Machado. “Quando há comunicação, há solução”, frisou.

O presidente da APECATE espera que essa comunicação se mantenha em qualquer um dos cenários do pós-eleições e recordou algumas das lutas da associação: o registo das empresas de eventos (“não se consegue ajudar um setor sem sabermos quantos somos”), a questão do IVA (que António Marques Vidal considera “desigual” relativamente a outros setores), a questão da burocracia, por exemplo.

O presidente da APECATE anunciou ainda que o próximo congresso da associação vai realizar-se em Leiria, entre janeiro e março de 2026.

“Queremos que Portugal seja cada vez mais relevante na captação de eventos internacionais”

O secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado, lembrou o trabalho que a sua tutela tem vindo a desenvolver: a revisão e o reforço das linhas de apoio ao turismo (“importantes” para a atividade do setor da animação turística e eventos), a linha de qualificação da oferta e o reforço do programa Portugal Events, entre outros.

Medidas que estão a ser trabalhadas, e algumas implementadas, e que constam da pasta de transição para o próximo Governo. “Queremos que Portugal seja cada vez mais relevante na captação de eventos internacionais” e há conquistas recentes, como a captação do MotoGP e algumas provas rainhas do golfe e do hipismo, exemplificou o secretário de Estado do Turismo.

Segundo Pedro Machado, o sucesso no turismo tem sido alcançado com o esforço de todos, que trabalham para criar condições para um melhor funcionamento do setor, reforçando o otimismo da indústria. Os indicadores para 2025 são positivos e já refletem a possibilidade de que 2025 seja “um ano extraordinário”.

Francisco Calheiros, presidente da Confederação do Turismo de Portugal, frisou, via vídeo, que as incertezas do atual contexto atual mundial obrigam à “atenção, união e resiliência” do setor do turismo.

Álamo Meneses, presidente da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, deu as boas-vindas e contou a história do destino. E Rosa Costa, diretora da Região de Turismo dos Açores, afirmou que o facto de os Açores serem um território repartido (tem nove ilhas) traz algumas dificuldades, mas também “oportunidades”, mencionando a diversidade da oferta açoriana.

A sessão de abertura do Congresso da APECATE, que decorre a 3 e 4 de abril, na Terceira, terminou com a entrega de prémios da associação, que este ano distinguiu João Mendes, vice-presidente da APECATE, e Vítor Silva, presidente da Agência Regional de Promoção Turística do Alentejo.

*A jornalista viajou a convite da APECATE