Congresso da APAVT: os eventos dão “forte contributo” no combate à sazonalidade

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Os eventos dão um “forte contributo” no combate à sazonalidade, afirmou André Gomes, presidente da Região Turismo do Algarve.

André Gomes falava na sessão ‘Andaluzia e Algarve: competidores, cooperantes ou coopetidores?’, durante o 49º Congresso da APAVT (Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo), que decorre até 26 de outubro, em Huelva, Espanha.

André Gomes partilhou o palco com Teresa Herrera Vidarte, delegada territorial de turismo, cultura e desporto de Huelva, e ambos contextualizaram as duas regiões, que tanto partilham, como a localização no sul da Península Ibérica, o clima ameno, as praias, a gastronomia, o mar e o rio.

O Algarve tem outros produtos como o golfe. “E depois trabalhamos muito para termos eventos, para termos motivação de visita durante todo o ano”, referiu André Gomes. E exemplo disso são os festivais sazonais, as provas de desportos motorizados ou a Volta ao Algarve.

“Estamos condenados a entender-nos”, sustentou Teresa Herrera Vidarte. A proximidade geográfica e o facto de haver mais o que une as duas regiões do que o que as separa permitem um trabalho ibérico na criação de roteiros integrados e sustentáveis e no enriquecimento da oferta e das experiências. “No fundo, estamos a reforçar a competitividade das duas regiões”, frisou André Gomes.

O presidente da Região Turismo do Algarve lembrou que o turismo tem uma “importância extrema” ao nível económico nas regiões do Algarve e de Andaluzia, porque gera receitas, emprego e oportunidades de investimento.

E quando se fala da importância e do impacto do turismo nas duas regiões, é preciso lembrar que há desafios e problemas que também são comuns, pelo que é preciso trabalhar em conjunto para fazer frente à “forte dependência do turismo balnear”, às “flutuações sazonais que essa dependência provoca” e aos seus reflexos. “Para isso, temos de trabalhar muito a diversificação da nossa oferta turística” e os eventos, nas duas regiões, dão “um forte contributo” no combate a essa sazonalidade. “Procuramos realizar eventos, como, por exemplo, estes eventos corporativos, estes congressos das grandes associações, fora da época alta.” Um trabalho que é para continuar.

“O futuro da cooperação entre estas duas regiões só pode ser risonho e só pode vir, claramente, a contribuir para um maior crescimento e um maior desenvolvimento de ambas no futuro”, disse André Gomes.

Uma competição saudável, uma cooperação estratégica e uma coopetição benéfica permitem um crescimento mútuo e sustentável e um fortalecimento do turismo ibérico. “Competidores podem ser cooperantes para um benefício mútuo e vamos certamente continuar a trabalhar e vamos ter muito mais potencial para mais colaborações e para mais crescimento”, concluiu o responsável português.

 

*A jornalista viajou a convite da APAVT